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quarta-feira, 4 de junho de 2008

O fantástico poder da escolha

(Chafic Jbeili)

Não importa em que área de sua vida persista um impasse, saia já daí! Exerça seu poder da escolha e tome logo a decisão que acredita ser a melhor! Há pessoas que, desesperadas em corresponder à imagem idealizada, muitas vezes, preferem a dor, o sofrimento e até a morte do que propriamente abrirem mão dessa missão impossível e assumirem, naturalmente, a responsabilidade sobre suas escolhas.


Geralmente, esperam por alguém que tome uma decisão por elas, livrando-se assim da responsabilidade sobre um eventual fracasso. Ao agirem dessa forma, arriscam, em todos os sentidos, a própria existência.

Se você está vivendo angustiado(a) e infeliz é porque ainda não se decidiu sobre algo. O medo, das supostas conseqüências, inibe seu poder da escolha e aí você não se decide, fica preso(a) a algum tipo de conflito interior que, além de dilacerar o sentido de sua realização, causa-lhe desalento e o(a) impele para atividades isoladas e mais solitárias. Além disso, ao invés de estimular sua autoconfiança, reforça a indesejada dependência do outro.


Certa vez uma jovem recém-formada conseguiu um bom emprego, com um ótimo salário e, talvez, um promissor futuro profissional, mas ela vivia com o semblante abatido e andava infeliz por não conseguir se realizar com o que estava fazendo. Suas feições exteriorizavam suas dores morais de uma forma muito evidente e já estava contaminando as pessoas que amava. O que lhe era prazeroso agora tornara insosso. Essa jovem conhecia bem suas opções, mas protelava qualquer decisão. Estava sempre pensando em como os outros iriam vê-la se decidisse por essa ou aquela opção. Enquanto conversávamos, e atravessávamos a rua, ela pisou em um chiclete e, então, parou para tentar se livrar da impiedosa "goma assassina". Ela começou a gritar, pois os carros se aproximavam. Eu disse em tom firme: É o chiclete que se prendeu em você e não você nele. Saia já daí e venha para a calçada...


É bom lembrar que são os nossos medos que estão presos em nós e não nós neles. E, embora eles eventualmente estejam "grudados" em nós, não são fortes o bastante para nos impedir de tomar uma decisão. Então, saia já daí e exerça seu fantástico poder de escolha.

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