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quarta-feira, 4 de junho de 2008

A felicidade ainda é o melhor cosmético

(Chafic Jbeili)

Seiscentos anos antes de Cristo, os sábios da época já diziam: "O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate". Hoje, a receita feminina mais popular para "levantar o astral", é ir às compras ou dar um trato na própria imagem. Comprar um acessório ou uma roupa nova, mudar a cor do cabelo, pintar as unhas ou ainda, fazer aquela maquiagem para espantar o desânimo e manter uma aparência agradável. O que não quer dizer que toda mulher que está se produzindo padece de baixo-astral.

No entanto, esses artifícios, embora úteis e eficazes, são tão necessários quanto efêmeros e seriamente perigosos quando colocados como esteios da verdadeira felicidade. Não é difícil entender que felicidade é um estado de ânima, do latim, alma! Sendo assim, os arranjos materiais podem, no máximo, simular esse sentimento, mas não sustentá-lo por muito tempo. Geralmente, essa pseudo felicidade vai se esvaindo ao mesmo tempo em que os artifícios materiais vinculados a ela vão se dissipando. Não é à toa que, em muitas pessoas, o humor e a alegria duram enquanto duram o batom, a escovinha ou o saldo no banco. Esses elementos são usados não para trazer um pouco mais de alegria e conforto, ou ainda, para refletir o bem-estar geral que algumas pessoas realmente sentem com suas vidas, mas são usados para "maquiar" suas infelicidades e suas frustrações.

Se para o escritor francês, Chamfort, "...não há caminho mais seguro para ir em busca da felicidade do que através das virtudes", para o escritor alemão, Goethe, "...a pessoa mais feliz é aquela que encontrou a paz em seu lar, quer seja um rei ou um camponês". De qualquer forma, penso que a pessoa mais feliz é aquela que satisfaz seus anseios e necessidades e os consegue mantê-los relativamente saciados. Como os anseios e as necessidades são circunstanciais e extremamente subjetivos, então não há uma única fórmula que se aplica a todos. Cada um deve balizar o sentido de seus anseios com suas reais necessidades e esmerar-se em satisfazê-los. Dessa forma, estará percorrendo o caminho particular em busca da verdadeira felicidade.

Teorias à parte, procure trazer à memória somente aquilo que pode dar esperança a você. Desenvolva uma disposição firme e constante para praticar o bem e esmere-se em descobrir a sua missão de vida. A felicidade é tão grata e generosa que você já começa a desfrutá-la no momento em que começa a buscá-la. Uma vez no caminho certo, aos poucos, seu coração se alegrará e verá, ou ajudará outras pessoas a enxergarem, que é possível viver bem e ser feliz, mesmo sem ter todos os recursos materiais ou humanos que gostaria de ter pois, como bem disse o filósofo grego, Epicuro, "...nada nunca será o bastante para quem acha pouco aquilo que é suficiente...". Pratique gratidão às coisas e pessoas que você tem. Sobretudo, faça essas coisas sem depender ou descuidar de sua aparência, isso fará germinar a semente da felicidade que é a sensação de satisfação e, por conseguinte, aformoseará o seu rosto e a sua vida, tornando-a mais jovem, bonita e saudável.

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