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domingo, 23 de maio de 2010

Conselhos e escolhas


Conselhos e escolhas!
Prof. Chafic Jbeili -  www.unicead.com.br

Há muito tempo eu conheço o ditado “se conselho fosse bom...”. Claro que um conselho bem dado, na hora certa é muito bom sim! A dicotomia que permeia esses aforismos populares é uma tremenda estupidez, pois nem tudo dá certo sempre, o tempo todo. Em algum momento algo ficará incompleto, inacabado, inadequado, mas isto não quer dizer que é o fim, o caos ou que conselho nunca é bom. As recomendações são apenas uma parte menor, porém enfática de um processo maior. Por isso eu penso que conselho é bom sim, e eu valorizo muito bem os que ofereço e os que recebo!

A orientação ou o conselho que você opta colocar em prática determina o futuro que você cria.

Eu tenho uma tese, ainda não validada, de que as pessoas estão a apenas três conselhos distantes da realização de seus sonhos, do sucesso e da prosperidade. Mesmo que o tempo entre o momento em que se coloca um conselho em prática e o momento em que se vivencia sua consecução não seja imediato.  Sim! Cada coisa tem seu tempo para dar frutos ou resultados.

Quantas pessoas, depois de quebrarem a cabeça anos a fio em suas finanças, relacionamentos ou empregos, ao atingir a maturidade acabam confessando no silêncio de seus pensamentos ou no ombro de um amigo: “Ah se eu tivesse escutado fulano...”. Ou seja, anos atrás, no momento em que o conselho foi dado não lhe pareceu ter alguma utilidade, mas o tempo mostrou que a aplicação oportuna daquele conselho teria lhe garantido criar um presente mais próximo do que se almejou no passado. Porém, nem a própria pessoa sabia o que queria e por isso não pôde reconhecer a importância daquele conselho, naquele dia e hora. Então, escolheu ignorá-lo, criando situações que se vive no presente momento. Claro que não em sua totalidade, mas em boa parte sim!

Daí nasce outro aforismo dicotômico e estúpido: “Quem não houve conselho, ouve coitado...”. Sim, é estúpido também! Tem conselhos que ignoramos e que nunca iremos nos arrepender ou lamentar não tê-lo colocado em prática. Este ditado subliminarmente incute a idéia de que todos os conselhos devem ser acatados e colocados em prática, e isso não é adequado.

Algumas pessoas são mais resistentes aos sinais que a vida lhes oferece, muitas vezes rejeitam compulsoriamente orientações de outras pessoas, conselhos de amigos ou parentes, intervenções profissionais ou mesmo eventos do cotidiano, por isto não aplicam as orientações, ignorando o que foi dito.

Conselhos e orientações a gente precisa submeter às perspectivas de curto, médio e longo prazo. Isso mudará a qualificação de um mesmo conselho que em curto prazo pode parecer ridículo, mas em longo prazo pode ser um espetáculo. E vice-versa. Tudo dependerá das metas e objetivos de quem escuta o conselho!

Quem não sabe quais são suas metas, seus objetivos, seus ideais de vida ou mesmo quais são seus sonhos, ainda que um anjo se materializasse e lhe aconselhasse pessoalmente, tal pessoa não reconheceria a pertinência e validade daquela orientação. Não é defeito; é a natureza humana que somente uma consciência mais apurada pode mediar.

A história está repleta de exemplos sobre pessoas que rejeitaram conselhos ou os acataram indiscriminadamente. Desde as histórias infantis (chapeuzinho vermelho, por exemplo) até grandes estadistas como Alexandre e Hitler que taparam os ouvidos para os conselhos e se deram mal porque causaram o mal.

Outras pessoas até percebem as orientações, mas por alguma razão não as colocam em prática e por isso não criam um futuro diferente. Permanecem estagnadas, com a sensação de que nada vai mudar. Muitas desistem sem saber que estão a apenas três conselhos daquela virada de vida que tanto lhe parece impossível!

Tem ainda um outro grupo de pessoas que dão ouvido a toda e qualquer orientação. Como se não bastasse, ainda buscam outras tantas orientações em variadas fontes. Essas pessoas se perdem no emaranhados de conselhos e se enrolam no novelo da vida, perdendo o foco de suas metas e objetivos.

Conselho é coisa de sábio e não de intelectual. Ouvir um "doutor" não é necessariamente melhor do que ouvir o seu zé, lá da rocinha. A pertinência do conselho está na intenção do conselheiro e na maturidade do aconselhando.

Portanto, para que um conselho seja considerado bom e a pessoa possa aproveitá-lo bem em favor de si mesma é preciso não ignorar a fonte por mais analfabeta que ela seja; ter bem claro suas metas e objetivos; depois, validar tal conselho em relação a tais metas e objetivos, considerando o tempo imediato, o futuro próximo e o futuro distante.

A partir desse momento acredita-se que a pessoa, seja ela criança, adolescente, adulto ou idoso, terá melhores condições escolher aplicar essa ou aquela orientação que variavelmente tem o magnífico poder de mudar seu futuro em termos de saúde, qualidade de vida, finanças, carreira, relacionamentos, entre outras áreas chaves da vida.

Enfim, todos os dias recebemos orientações do alto, das pessoas ou da própria vida. A forma como avaliamos essas orientações e decidimos colocá-las ou não em prática é que determinará o nosso futuro.

Abraços,

Prof. Chafic Jbeili
Consultor vivencial, Psicanalista, Psicopedagogo e Escritor.

CONSULTORIA - CURSOS - OFICINAS - PALESTRAS
Formação continuada e qualificação profissional
(38)3082-0876 | (38)9184-0439
e-mail: chafic.jbeili@gmail.com
Montes Claros(MG) | Brasil

domingo, 9 de maio de 2010

Por onde andam os don juans?

Por onde andam os don juans?
Por Chafic Jbeili – www.chafic.com.br

Em 2008 escrevi um texto intitulado “Por onde andam as amélias”. Teve ótima repercussão e está no meu blog para quem quiser conferir. No mesmo ano iniciei este texto que só agora consegui concluí-lo, dois anos depois, devido à necessidade pesquisar um pouco mais e ouvir uma centena de mulheres sobre o tema, uma vez que não sou especialista em don juans e nem em donjuanices.

Por força de meu trabalho tenho tido a grata oportunidade conhecer e corresponder com mulheres fantásticas, inteligentes, cultas, bem resolvidas, com grandes projetos de vida. Boa parte delas já formadas, com seus carros próprios e seus promissores empregos. Verdadeiras beldades humanas e “bom partidos” para galã nenhum botar defeito.

Parte dessas beldades, pessoas de grandeza humana inquestionável, disse-me que está solteira, com o coraçãozinho sem inquilino, sem “dono”. Meigas que são, fazem dengo dizendo que ainda não conseguiram o namorado ideal, algumas já saíram de relacionamentos anteriores, às vezes até com filhos pequenos ou, em alguns casos, já com filhos terminando a faculdade, mas continuam solteiríssimas e, embora ermas, felizes na medida do possível! Tem até aquelas que são socialmente casadas e psicologicamente solteiras, ou seja, tem aliança no dedo, mas faltam-lhes a marcante e saudosa presença do ex-príncipe e atual sapo!

A minha pergunta enfática e meramente científica era: “mas como um partidão igual você pode estar solteira?” e elas respondiam quase que em uníssono que os caras são, entre outras coisas, insensíveis, fúteis, egoístas, oportunistas, quando não se mostram demasiadamente infantis ou vergonhosamente vulgares. Acabei descobrindo por meio delas que há um montão de homens, desde jovens até senhores, com comportamento tolo, omisso, aproveitador, isento de caráter e, em muitos casos, verdadeiros covardes.

Ao rever minhas anotações sobre o que aquelas fantásticas mulheres com perfil de solteira falavam sobre seus candidatos, parceiros ou ex-parceiros só me vinha à cabeça uma clássica afirmativa freudiana: “O homem tem três grandes desafios para resolver em sua vida: seu complexo de Édipo, sua masculinidade e sua sexualidade”. Antes de Freud sim, mas penso que nos dias de hoje nenhum homem deveria se envolver com qualquer mulher antes de ter esses três grandes desafios bem esclarecidos em suas mentes, para não dizer bem resolvidos, o que me parece tarefa demasiadamente penosa para quem tem aversão a consultório.

Acontece que as hodiernas mulheres alcançaram níveis de progresso que as colocam em vantagem em relação aos obsoletos homens. Se compararmos o perfil das mulheres e dos homens de 50 a 100 anos passados, ver-se-á que elas, as mulheres, evoluíram muito mais e obtiveram conquistas infinitamente maiores e mais significativas do que os homens. Nós, homens, continuamos a ser quem éramos e a fazer o que fazíamos. Distraímos-nos com nossos brinquedos e nossas espadas, enquanto elas evolucionam!

As mulheres de até pouco tempo passado se limitavam ou eram submetidas ao papel de fonte de gratificação, procriação e mordomia masculina. Não estudavam, não podiam trabalhar fora do contexto doméstico, dependiam do homem para ter acesso ao dinheiro e comprar suas necessidades ou vaidades. Elas não saíam da casa, não se relacionavam, não tinham internet e muito menos informações significativas sobre homens.  Assim, não tinham muito a desdenhar quando surgia um simplório, ingênuo e superficial forasteiro nas redondezas da cidade ou da fazenda procurando uma menina prendada para costurar suas calças, tirar seus sapatos e preparar um ovo frito no jantar para o abestado não morrer de fome. Enquanto ela olhava para o futuro e planejava crescer, o infeliz olhava a vizinha e planejava pular a cerca. Onde está cada um hoje?

Hoje as mulheres estão muito mais independentes, mais comunicativas, mais intelectuais, mais poderosas economicamente. Elas sabem e podem muito bem ter acesso ao que querem e agora não é qualquer forasteiro que irá dominá-las e subjugá-las como antigamente. Elas ficam solteiras, mas não voltam à condição de antigamente de jeito nenhum!

Elas estão cada vez mais belas, atraentes, à procura do cara inteligente, sensível, perceptivo, versátil, companheiro presente, nem tão vulgar e nem tão respeitador, mas hábil em contrabalançar o momento, a intensidade e as circunstâncias entre a trivialidade e o solene. Elas querem um cara capaz de conquistá-las todos os dias, para o resto de suas vidas! Daí eu pergunto por elas: Onde estão os don juans?

Abraços e até a próxima semana!

Prof. Chafic Jbeili
Consultor vivencial, Psicanalista, Psicopedagogo e Escritor.

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domingo, 2 de maio de 2010

Pilar 8 da QVT: Relevância institucional!

O Oitavo Pilar da QVT: Relevância institucional!
Prof. Chafic Jbeili – www.chafic.com.br


Quando a pessoa se mostra negligente no trato diário com seus familiares, colegas de aula ou de trabalho, isto pode significar que essa pessoa carece de sentimento de relevância institucional pela sua família, sua escola ou pela empresa em que trabalha. Quando a pessoa está isenta do sentimento de relevância por qualquer coisa, então ela a desrespeita e agride de todas as formas e meios possíveis ao seu alcance. Seja outra pessoa, um objeto ou uma instituição, todas ficam vulneráveis na presença de alguém que não discerne qualquer importância nelas:

Essa pessoa é o filho que absurdamente destoa de seus pais e irmãos, ferindo os princípios familiares em que fôra instruído, fazendo pai e mãe suspeitar provável troca na maternidade! Porém, ele mesmo, o filho, age como se tivesse absoluta certeza dessa troca e não considera seus os pais que se descabelam para dar-lhe o melhor desta terra. Não reconhece o valor de sua família, por isso não honra pai e mãe no modo de vestir, de falar, de se comportar e de agir perante as outras pessoas. Esse filho desacata a autoridade dos pais e desdenha suas orientações.

Esse filho torna-se o aluno que irreverentemente picha o muro da escola, quebra a porta do banheiro, anarquiza durante a aula, intimida colegas no recreio, despreza material didático, ameaça professores e desfere na Educação a violência sociofamiliar da qual é vítima. Em geral, esse aluno é oriundo de lar desestruturado e põe a perder o resto de cidadania que lhe resta porque desde o seu nascimento esteve destituído de sanidade mental ou de “berço”, entenda-se Educação! Tornou-se referência de si mesmo porque a nenhum parente de bem encontrou ou atribuiu estima suficiente para lhe inspirar. Seus atos refletem uma alma vazia, contida em uma preciosa vida revestida apenas de carne, nervos e ossos. É um ser vivente com atitudes animalescas, gozando plenos direitos humanos. Não reconhece o valor da Educação, por isso não a reputa como potencial regeneradora de sua tão indesejada e lastimável condição social. Age como cupim devorador do barco que o salva da enchente, ou seja, é um expoente suicida social. 

Esse aluno tornar-se-á o colaborador que desdenha o cliente interno, sua própria equipe de trabalho. Não tem uma palavra de ânimo ou de alento para os colegas. Vive pejorativamente criticando tudo: o modelo fluxográfico adotado na reunião em que ele absteve-se participar; os processos organizacionais; a política de gestão; o pessoal do RH; o material de expediente etc. Ele faz qualquer estagiário recém-chegado suspeitar que seja um agente sabotador contratado pela empresa concorrente! Não reconhece a importância social da empresa em que trabalha e nem vê pertinência nos produtos ou serviços que negocia, por isso esconde o crachá, tem vergonha usar o uniforme, foge das confraternizações, ignora o regimento interno e nem mesmo o melhor amigo sabe ao certo o que ele faz!

Essa pessoa estereotipada nos exemplos de filho, aluno e colaborador tem em comum a ausência do que Walton afirmou ser importante para a Qualidade de Vida no Trabalho e que eu aludi, por extensão, à família e à escola: A relevância institucional da organização na vida particular da pessoa. Começando pelo instituto família, passando pela escola e culminando nas organizações, todas precisam adotar posturas que contribuam construir em seus membros o senso de orgulho pela relevância social que as justificam existir.

Cada pessoa venera ou zela por aquilo que lhe é convictamente respeitável. A importância que uma pessoa atribui à sua família, à sua escola ou ao seu trabalho é proporcionalmente igual à reputação que ela demonstra dispensar por cada uma dessas instituições. E essas dispensas valorativas e qualitativas que se esperam nas pessoas serão sempre ajustadas ao que as próprias instituições originaram nelas.

Que valor de si as famílias tem infundido em suas crianças? Que valor de si escolas e educadores tem suscitado em seus educandos? Que valor de si as organizações tem agregado em seus produtos e serviços, a ponto de fazer colaboradores evidenciarem orgulho em pertencê-las?

 
Prof. Chafic Jbeili
Consultor vivencial, Psicanalista, Psicopedagogo e Escritor.

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