Caminhos para a felicidade: Parte 1/3
Prof. Chafic Jbeili - www.chafic.com.br
Tudo o que uma pessoa faz pulsa pela felicidade, sua ou do outro não importa, pois acaba revertendo à sua própria!
A felicidade é um dos temas humanistas mais discutidos por filósofos, pensadores e religiosos de todas as épocas. Como objeto de desejo íntimo inerente a todo ser humano, o tema é amplamente explorado por quem quer vender um produto ou persuadir alguém a uma idéia.
Na ausência de uma pílula da felicidade, substitui-se essa por bens de consumo. E tal como uma pílula, o consumo precisa ser contínuo e sistemático, de tantas em tantas horas, enquanto durar seu efeito: a falsa sensação de felicidade. Arruma-se uma coisa, estragam-se outras! Tudo tem efeito colateral. Remédio, drogas, compras, pessoas...
Afastar a dor e o sofrimento não é o mesmo que buscar a felicidade. Este é um pensamento infantilizado, pois tudo que realmente vale a pena nesta vida é resultado de muito sacrifício. Assim, tudo que abranda o sofrimento em nome da satisfação imediata de uma necessidade real ou imaginária, também abranda a felicidade.
Então ser feliz é permanecer no sofrimento? Que incoerência! Nada disto! Contudo, só poderá usufruir felicidade quem a produzir. De forma que a felicidade é algo produzido em processos que geralmente causam muita dor e sofrimento. Deste modo, toda pessoa infeliz é aquela que ainda não compreendeu a aflição que está passando (passando!).
Pense na bailarina, no cantor, no piloto ou no professor de sucesso! Nunca houve uma exímia apresentação em noite de gala ou em dia de aula sem a presença de calos nas mãos, nos pés ou nas cordas vocais. Não há qualquer pessoa notadamente reconhecida neste mundo que não tenha passado por sacrifícios e por dor de forma sublime enquanto fazia aquilo que acreditava e por isto compreendia a dor.
Qual mulher encararia, suportaria e poderia superar a dor do parto não fosse a compreensão de seu significado? Quem almejaria ser contorcionista? Quem iria querer ser bombeiro ou astronauta? Como poderia Jesus Cristo pedir a Deus que perdoasse seus algozes, enquanto martirizava na cruz, não fosse a compreensão de sua missão?
Qual é a sua missão pessoal ou profissional? Consegue relacioná-la ao que está passando?
Há muitas analogias sobre escuridão e luz. A escuridão é a falta de entendimento, de perspectiva; e a luz representa a compreensão. Luz e trevas são incompatíveis. Da mesma forma, tristeza e felicidade são incompatíveis! O martírio permanece somente até a chegada do entendimento sobre aquela situação, depois vem a felicidade instantaneamente.
Entende-se que o sofrimento dura enquanto não há entendimento, mas a felicidade chega junto com a luz, que é a compreensão sobre um fato angustiante ou uma situação de sofrimento. Afogar as mágoas na bebida ou evitar encarar um problema é permanecer na escuridão e dar vida longa aos sofrimentos. Portanto, se eventualmente estiver passando por um momento de aflição taque logo um holofote em cima dele. Encare-o sozinho ou com a ajuda de pessoas ou profissionais de sua confiança. Analise o sofrimento e compreenda-o o mais rápido que puder!
O primeiro caminho para a felicidade acontece quando você analisa suas vivências e consegue compreender o sofrimento. Não precisa justificá-lo, muito menos aceitá-lo, nem mesmo desejá-lo, mas compreendê-lo de forma bem estruturada nas concepções de uma mente proporcionalmente madura, desvinculando os acontecimentos atuais dos eventuais erros do passado, mesmo que inconscientes, como se o sofrimento de hoje fosse uma inevitável consequência de uma mancada do passado. Quer você lembre dela ou não.
No próximo texto a parte 2/3 desta série!
Prof. Chafic Jbeili
Consultor vivencial, Psicanalista, Psicopedagogo e Escritor.
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Formação continuada e qualificação profissional
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Montes Claros(MG) | Brasil
Excelente texto! Claro e preciso. Parabéns e obrigada.
ResponderExcluirAbç
Dirce