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quarta-feira, 4 de junho de 2008
Como você tem escolhido exercer sua liderança?
Da primeira à terceira idade, sempre que houver uma necessidade individual ou coletiva, de alguma forma surgirão líderes, do bem ou do mal, de todos os tipos e para todos os gostos e realizações. Liderar é mais comum e frequente do que realmente parece ser. Todos os dias temos a oportunidade de exercer liderança, quer seja em casa, na rua, na escola ou no trabalho.
Contudo, as imagens que freqüentemente vêm à mente das pessoas, estimuladas pela palavra líder ou liderança contém, em sua essência, uma pessoa com características especiais exercendo algum tipo de domínio sobre um grupo de pessoas comuns, aparentemente em prol de interesses e necessidades coletivas. Apesar de serem quesitos importantes a um líder, falar em público, saber lidar com gente e defender interesses individuais ou coletivos não garantem o sucesso e a subsistência de uma boa e efetiva liderança.
A genuina liderança nasce e se desenvolve a partir do indivíduo que aprende a liderar a si mesmo, investindo metade de sua energia na auto-gestão e na auto-liderança, e a outra metade no aprimoramento de suas multirelações com as outras pessoas, ora seus líderes, ora seus liderados. Que busca o processo de autoconhecimento como oportunidade de saber aquilo que pode fazer e que ainda não fez. Que rebusca em sua história de vida pessoal a razão de sua existência e compreende o valor do outro em suas relações vivenciais. Que acredita e se propõe a realizar um ideal coletivo que, em sua visão, é excepcional.
O líder genuíno não é aquele que está à frente ou acima de seus liderados, mas no meio deles. Não é aquele que se distingue no grupo, mas aquele que é confudido com os demais. Que busca paridade e não exclusividade. Que reparte e distribui ao invés de ajuntar e reter, seja conhecimentos, informações, experiências, prestígio, popularidade ou poder.
Os maiores líderes mundiais tiveram antes, em sua história pessoal, algum momento de reflexão mais apurada sobre a fragilidade de sua própria pessoa e existência. Uns na prisão, outros na guerra e até mesmo na UTI, mas raros os que se dispuseram a encarar tal vulnerabilidade voluntariamente. Há inconscientemente nas pessoas uma fuga de si mesmas e, as que assim procedem, permanecerão em busca de realizações tão incógnitas quanto desnecessárias. Continuarão correndo atrás do vento como se o cansaço físico fosse atestar alguma produtividade ou atrair alguma compaixão para justificar sua tácita incompetência. Alimentarão seus medos mantendo-se atrofiados bio, psico, socio e espiritualmente.
Só após uma reestruturação pessoal, de preferência através de processos menos traumáticos e impositivos do que a prisão, a guerra ou a UTI, associada a uma apropriada adequação técnica, a pessoa estará apta a criar, promover, manter, compartilhar e estender em todos os sentidos, suas potencialidades e seus conhecimentos, não apenas em favor de si mesmo ou de alguns prediletos, mas em favor de um ideal coletivo e que dê significado à existência de todos.
É isso que chamo de liderança genuína, o resto, na minha opinião, é liderança manipulativa que visa coagir um grupo de pessoas à realização de interesses individuais, permeados de intenções escusas e benefícios desproporcionais. E você, como tem escolhido exercer sua liderança?
Currículo não é panfleto!
Uma prática comum porém exaustiva e improdutiva na hora de buscar uma (re)colocação no mercado de trabalho é a "curriculagem", ou seja, a panfletagem do curriculo. Essa prática não chega a ser ilegal, mas é, em essência, um processo de auto-enganação. Quem faz isso sustenta falsas esperanças e fica mais vulnerável ao desânimo e consequentemente desiste, mais cedo, da busca pelo trabalho. No fim do dia, da semana ou do mês, os resultados mais evidentes são: dores nos pés, mal-humor e uma terrível baixa auto-estima.
Elaborar um currículo genérico é um erro primário. Querer relatar no curriculo tudo o que se aprendeu na vida, achando que poderá atender as necessidades de qualquer empresa é o mesmo que ter uma mesma prescrição médica para qualquer pessoa, a despeito de sua queixa.
O aconselhável é, primeiro, refletir e listar pelo menos dez coisas em que você realmente é bom, faz bem feito, sente bem ao fazer e que escolheria fazer pelo resto da vida. Depois, pense nas empresas que trabalham com essas atividades-chaves de sua vida e comece a pesquisar em qual delas seu perfil profissional se encaixa melhor e qual está "precisando" do que você tem a oferecer.
Só então comece a elaborar o seu currículo destacando suas capacitações, habilidades e experiências de acordo com o que a empresa está precisando. Por exemplo: A empresa anuncia uma vaga de motorista e esta é uma das atividades-chaves de sua vida, então ao se canditar a esta vaga não provoque uma "over-dose" em seu currículo com informações de que você já trabalhou de Caixa, Balconista e Vendedor, ou ainda, que acabou de se formar em Engenharia Civil. A princípio, pressupõe-se que o contratante não está tão interessado em sua história de vida e que nem sempre o fato de ser Engenheiro Civil é uma garantia de que você será um bom motorista. Enfatize suas experiências e habilidades como motorista e as qualidades pessoais que, neste caso, todo motorista deveria ter, como: responsabilidade, pontualidade, acuidade e principalmente não possuir vícios. Enfatize isso apenas se for a sua realidade.
Organize melhor suas ações na busca por uma colocação no mercado de trabalho e lembre-se de que quem procura emprego dificilmente achará uma oportunidade, mas quem procura uma oportunidade quase sempre encontra um emprego.
Que tipo de gente as empresas procuram?
Passamos pela era do ter, depois do fazer, estamos saindo da era do ser e agora giramos a maçaneta de uma nova era: a do sentir. Tudo o que temos ou fazemos ou achamos que somos dependerá do que sentimos em relação a cada uma dessas nuances de nossa vida. Empresários e executivos que subestimaram o valor do sentimento proclamando o jargão: “empresa não tem coração” colocaram suas empresas e respectivas equipes em rota de falência.
A valorização da razão em detrimento das emoções começou com o fascínio provocado pelas máquinas desde os primeiros momentos da revolução industrial e tornou-se mais evidente a partir dos anos 80 com a chegada do microcomputador. Esse impactante fator alterou de forma profunda o processo de desenvolvimento humano naquilo que os estudiosos chamam de automodelagem. E ao desenvolverem um jeito mecânico de ser as pessoas perderam drasticamente, entre outras coisas, a qualidade de seus relacionamentos colocando em “xeque” suas próprias bases de sustentação.
Com as bases fragilizadas, as pessoas se viram pequenas demais diante da surpreendente eficácia dessas engenhocas modernas e isso aflorou o medo de perder espaço para as máquinas na relação de emprego gerando graves conflitos intrapessoais, inclusive de indentidade, fechando o ciclo vicioso e nocivo onde as pessoas buscam, cada vez mais e de forma desapercebida, sua imagem e semelhança à essas engenhocas objeto de sua identificação.
Dessa forma, a pessoa que vinha reprimindo sua humanidade e aglutinando, em sua personalidade, traços que pertencem às máquinas precisam rever urgentemente seus conceitos, pois a sobreposição da racionalidade à emoção, que antes era tido como recurso de sobrevivência profissional, agora passa a ser uma armadilha, não apenas para o indivíduo como também para o grupo ao qual está vinculado ou pertence, e os empresários já perceberam os males desse processo e estão investindo pesado na inversão dessa estratégia. Depois da reengenharia a palavra de ordem agora passa a ser humanização. Compreender o outro é melhor do que tentar programá-lo. Animá-lo é preferível do que apenas motivá-lo.
Os empresários perceberam que seus clientes, assim como eles, não se sentem muito à vontade para lidar exclusivamente com máquinas. Perceberam que gente gosta e precisa de lidar com gente, ainda que utilize algum recurso tecnológico. Descobriram que tão importante quanto a iniciativa, a motivação para aprender, a capacidade técnica e específica também são as peculiaridades humanas como as habilidades sociais e a capacidade de comunicação. Não é à-toa que, nos últimos anos, as mulheres vêm ganhando mais espaço no mercado de trabalho do que os homens. As mulheres são, em sua essência, mais humanas e mais sensíveis. Suas habilidades tácitas na arte de gerar e criar filhos tem sido altamente requisitadas e aquelas que conseguem adaptar essa vocação ao trabalho têm tido muito sucesso.
As empresas caíram na real e agora procuram pessoas que tenham domínio sobre tecnologia mas que sobretudo invistam em sua humanização através do autoconhecimento e conhecimento do próximo e assim aprendam a fantástica arte de lidar com gente, amando seus clientes como a si mesmo para garantir o difícil pão nosso de cada dia.
Chafic Jbeili tem formação em psicanálise clínica e pós-graduação em Ciências da Religião e Psicopedagogia clínica e institucional. É terapeuta iridologista. Com 10 anos de experiência, desenvolve palestras sobre educação, processos ensino-aprendizagem, família e saúde do professor. Contato:
Auto-conhecimento: um ato heróico
Não são poucos os poetas, filósofos, artigos e livros que falam sobre a importância do autoconhecimento como item imprescindível para quem, segundo Sócrates, quer levar uma “vida boa”. Outro filósofo escreveu que “...nada exige heroísmo intelectual tão extraordinário quanto o desejo de conhecer a própria equação pessoal”. Mas, porque será que autoconhecimento é comparado a ato heróico?!
Acredito que um dos grandes desafios da pessoa, empenhada em conhecer-se, seja superar a resistência em estar diante de si mesma. O homem é a única criatura que se recusa a ser o que é. Sofre, entre outras coisas, a pressão de um sistema que se esmera dioturnamente para torná-lo diferente do que realmente é. Os padrões de beleza, de comportamento e até de pensamentos impostos pela camada dominante desse sistema influenciam, siginificativamente, a expectativa que a pessoa constrói sobre si e sobre os outros. Por isso, o medo da rejeição e do ridículo a faz forjar um eu idealizado em detrimento do eu original e autêntico, ora para proteger o “eu real” que ela mesma deixou-se enfraquecer pelo auto-abandono, ora como recurso de sobrevivência social.
Se por um lado o homem resiste conhecer a si mesmo, em parte pelo medo de descobrir-se muito diferente do que todos esperavam que ele fosse, por outro a mente humana possui, naturalmente, um insaciável desejo de saber a verdade. É nesse paradoxo que consiste a origem e formação de muitos conflitos interiores e que, geralmente, mantêm a pessoa refém de suas próprias fantasias e justificativas, fazendo-a encobrir seu verdadeiro eu no mais tenebroso cativeiro existencial, onde o “eu ideal” se faz carceireiro cruel do fantástico e brilhante “eu real”.
Neste sentido, empreender o autoconhecimento é mesmo um ato heróico porque pretende vasculhar, cuidadosamente, cada beco da mente e do tempo na história de vida pessoal, para encontrar e “salvar” o verdadeiro eu, garantindo-lhe a liberdade e a segurança necessárias para uma existência plena e sadia que lhe é de direito.
O fantástico poder da escolha
Não importa em que área de sua vida persista um impasse, saia já daí! Exerça seu poder da escolha e tome logo a decisão que acredita ser a melhor! Há pessoas que, desesperadas em corresponder à imagem idealizada, muitas vezes, preferem a dor, o sofrimento e até a morte do que propriamente abrirem mão dessa missão impossível e assumirem, naturalmente, a responsabilidade sobre suas escolhas.
Geralmente, esperam por alguém que tome uma decisão por elas, livrando-se assim da responsabilidade sobre um eventual fracasso. Ao agirem dessa forma, arriscam, em todos os sentidos, a própria existência.
Se você está vivendo angustiado(a) e infeliz é porque ainda não se decidiu sobre algo. O medo, das supostas conseqüências, inibe seu poder da escolha e aí você não se decide, fica preso(a) a algum tipo de conflito interior que, além de dilacerar o sentido de sua realização, causa-lhe desalento e o(a) impele para atividades isoladas e mais solitárias. Além disso, ao invés de estimular sua autoconfiança, reforça a indesejada dependência do outro.
Certa vez uma jovem recém-formada conseguiu um bom emprego, com um ótimo salário e, talvez, um promissor futuro profissional, mas ela vivia com o semblante abatido e andava infeliz por não conseguir se realizar com o que estava fazendo. Suas feições exteriorizavam suas dores morais de uma forma muito evidente e já estava contaminando as pessoas que amava. O que lhe era prazeroso agora tornara insosso. Essa jovem conhecia bem suas opções, mas protelava qualquer decisão. Estava sempre pensando em como os outros iriam vê-la se decidisse por essa ou aquela opção. Enquanto conversávamos, e atravessávamos a rua, ela pisou em um chiclete e, então, parou para tentar se livrar da impiedosa "goma assassina". Ela começou a gritar, pois os carros se aproximavam. Eu disse em tom firme: É o chiclete que se prendeu em você e não você nele. Saia já daí e venha para a calçada...
É bom lembrar que são os nossos medos que estão presos em nós e não nós neles. E, embora eles eventualmente estejam "grudados" em nós, não são fortes o bastante para nos impedir de tomar uma decisão. Então, saia já daí e exerça seu fantástico poder de escolha.