Conselhos e escolhas!
Prof. Chafic Jbeili - www.unicead.com.br
Há muito tempo eu conheço o ditado “se conselho fosse bom...”. Claro que um conselho bem dado, na hora certa é muito bom sim! A dicotomia que permeia esses aforismos populares é uma tremenda estupidez, pois nem tudo dá certo sempre, o tempo todo. Em algum momento algo ficará incompleto, inacabado, inadequado, mas isto não quer dizer que é o fim, o caos ou que conselho nunca é bom. As recomendações são apenas uma parte menor, porém enfática de um processo maior. Por isso eu penso que conselho é bom sim, e eu valorizo muito bem os que ofereço e os que recebo!
A orientação ou o conselho que você opta colocar em prática determina o futuro que você cria.
Eu tenho uma tese, ainda não validada, de que as pessoas estão a apenas três conselhos distantes da realização de seus sonhos, do sucesso e da prosperidade. Mesmo que o tempo entre o momento em que se coloca um conselho em prática e o momento em que se vivencia sua consecução não seja imediato. Sim! Cada coisa tem seu tempo para dar frutos ou resultados.
Quantas pessoas, depois de quebrarem a cabeça anos a fio em suas finanças, relacionamentos ou empregos, ao atingir a maturidade acabam confessando no silêncio de seus pensamentos ou no ombro de um amigo: “Ah se eu tivesse escutado fulano...”. Ou seja, anos atrás, no momento em que o conselho foi dado não lhe pareceu ter alguma utilidade, mas o tempo mostrou que a aplicação oportuna daquele conselho teria lhe garantido criar um presente mais próximo do que se almejou no passado. Porém, nem a própria pessoa sabia o que queria e por isso não pôde reconhecer a importância daquele conselho, naquele dia e hora. Então, escolheu ignorá-lo, criando situações que se vive no presente momento. Claro que não em sua totalidade, mas em boa parte sim!
Daí nasce outro aforismo dicotômico e estúpido: “Quem não houve conselho, ouve coitado...”. Sim, é estúpido também! Tem conselhos que ignoramos e que nunca iremos nos arrepender ou lamentar não tê-lo colocado em prática. Este ditado subliminarmente incute a idéia de que todos os conselhos devem ser acatados e colocados em prática, e isso não é adequado.
Algumas pessoas são mais resistentes aos sinais que a vida lhes oferece, muitas vezes rejeitam compulsoriamente orientações de outras pessoas, conselhos de amigos ou parentes, intervenções profissionais ou mesmo eventos do cotidiano, por isto não aplicam as orientações, ignorando o que foi dito.
Conselhos e orientações a gente precisa submeter às perspectivas de curto, médio e longo prazo. Isso mudará a qualificação de um mesmo conselho que em curto prazo pode parecer ridículo, mas em longo prazo pode ser um espetáculo. E vice-versa. Tudo dependerá das metas e objetivos de quem escuta o conselho!
Quem não sabe quais são suas metas, seus objetivos, seus ideais de vida ou mesmo quais são seus sonhos, ainda que um anjo se materializasse e lhe aconselhasse pessoalmente, tal pessoa não reconheceria a pertinência e validade daquela orientação. Não é defeito; é a natureza humana que somente uma consciência mais apurada pode mediar.
A história está repleta de exemplos sobre pessoas que rejeitaram conselhos ou os acataram indiscriminadamente. Desde as histórias infantis (chapeuzinho vermelho, por exemplo) até grandes estadistas como Alexandre e Hitler que taparam os ouvidos para os conselhos e se deram mal porque causaram o mal.
Outras pessoas até percebem as orientações, mas por alguma razão não as colocam em prática e por isso não criam um futuro diferente. Permanecem estagnadas, com a sensação de que nada vai mudar. Muitas desistem sem saber que estão a apenas três conselhos daquela virada de vida que tanto lhe parece impossível!
Tem ainda um outro grupo de pessoas que dão ouvido a toda e qualquer orientação. Como se não bastasse, ainda buscam outras tantas orientações em variadas fontes. Essas pessoas se perdem no emaranhados de conselhos e se enrolam no novelo da vida, perdendo o foco de suas metas e objetivos.
Conselho é coisa de sábio e não de intelectual. Ouvir um "doutor" não é necessariamente melhor do que ouvir o seu zé, lá da rocinha. A pertinência do conselho está na intenção do conselheiro e na maturidade do aconselhando.
Portanto, para que um conselho seja considerado bom e a pessoa possa aproveitá-lo bem em favor de si mesma é preciso não ignorar a fonte por mais analfabeta que ela seja; ter bem claro suas metas e objetivos; depois, validar tal conselho em relação a tais metas e objetivos, considerando o tempo imediato, o futuro próximo e o futuro distante.
A partir desse momento acredita-se que a pessoa, seja ela criança, adolescente, adulto ou idoso, terá melhores condições escolher aplicar essa ou aquela orientação que variavelmente tem o magnífico poder de mudar seu futuro em termos de saúde, qualidade de vida, finanças, carreira, relacionamentos, entre outras áreas chaves da vida.
Enfim, todos os dias recebemos orientações do alto, das pessoas ou da própria vida. A forma como avaliamos essas orientações e decidimos colocá-las ou não em prática é que determinará o nosso futuro.
Abraços,
Prof. Chafic Jbeili
Consultor vivencial, Psicanalista, Psicopedagogo e Escritor.
CONSULTORIA - CURSOS - OFICINAS - PALESTRAS
Formação continuada e qualificação profissional
(38)3082-0876 | (38)9184-0439
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Montes Claros(MG) | Brasil
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