Acadêmico negligente, profissional incompetente.
Prof. Chafic Jbeili* – www.unicead.com.br
A negligência acadêmica é uma das principais causas da incompetência profissional. E o mercado está abarrotado deste tipo oneroso, nocivo e repugnante de colaborador.
A pessoa cursou a graduação de qualquer jeito. Era desatenta por opção, ridicularizava as dinâmicas em sala de aula, ignorava as indicações de leituras que o professor sugeria; sempre dava um jeito de incluir seu nome no trabalho de outros colegas para não ficar sem nota; Quando não chegava mais tarde, saía mais cedo. Mal sabia preencher o formulário de avaliação ao final das aulas porque, na verdade, nunca quis aprender o significado e o valor da avaliação e do feedback ético e adequado.
Nas atividades suas colocações eram deslocadas, com perguntas mal elaboradas e raciocínio confuso, sem ligação coerente com o tema em debate. Seus textos eram mal escritos porque nunca desenvolveu o hábito de ler e por isso nunca desenvolveu a escrita ao ponto que convém a um profissional. Seu repertório de palavras sempre foi pobre, limitado a termos comuns, gírias da moda e palavras de baixo calão. Não entendia coisa nenhuma do que ouvia ou lia nos encontros, seminários, palestras, congressos e aulas com especialistas. Por isso comprou sua monografia ao invés de produzi-la.
Sua dinâmica na faculdade girava em torno do fato de estar inscrito em um curso superior e isso soava bonito para os amigos! A glória de ser “nível superior” ofuscava a importância de estudar. Seus interesses mais imediatos estavam saciados. Estudar pra quê? Sem visão empreendedora e de futuro desprezou ótima oportunidade em fazer sua network.
A pessoa se achava a mais esperta de todas, de um jeito ou de outro conseguia as notas mínimas para pular o semestre e assim se formou, na sombra de seus colegas e à vista grossa dos professores. Pegou o canudo e foi para o mercado de trabalho. Viu que no exercício de sua função as atividades corporativas eram coisas sérias e a pressão aumentava porque precisava saber bem aquilo que negligenciou aprender durante anos na faculdade.
Mas a pessoa não se dá por vencida, leva seu emprego na base da embromação e se matricula urgentemente em uma especialização das mais baratas possíveis e preferencialmente instantânea. Ingressa na pós-graduação não para aprofundar o que já sabia, pois nunca soube muita coisa, mas para tentar pegar algum material atualizado ou aprender algo daquilo que agora precisa saber urgente só para garantir seu emprego. Deslocada que é, insiste em se auto-iludir fazendo-se acreditar que pós-graduação é o mesmo que “supletivo de graduação” e professor é “consultor pessoal” para salvá-la de seu embuste.
Então, o acadêmico negligente se torna um pós-graduando improdutivo, infeliz consigo mesmo, com a vida, ingrato com tudo e com todos queixa-se da instituição, do professor, da mensalidade, da metodologia, dos colegas, da sala de aula, dos recursos didáticos, das apostilas, do mosquito que passa e até do estacionamento gratuito. Nada nunca se converterá em aprendizagem significativa porque a pessoa não aprendeu reconhecer significantes e abstrair algo daquilo que vivencia.
Aquele que foi estudante negligente tornou-se pós-graduando impaciente e improdutivo. Não se percebeu errante, por isso não se corrigiu e não aprendeu saber o ofício que precisava conhecer. Não estudou os recursos que estavam à sua disposição; não se preocupou em entender de gente e a lidar com recursos humanos. Agora, arrogante mais do que nunca, intenta merecer o grau colado, porém odeia saber em seu íntimo que só lhe resta, além do diploma reconhecido pelo MEC, aquilo que conseguiu construir na mediação acadêmica: nada! Sua reputação e emprego sempre estarão por um fio!
A inconsciente raiva de si mesmo embota seus sentidos e desloca sua zanga para um culpado qualquer que decide eleger conforme a intensidade de sua perversão naquele momento. Passa exigir dos professores resumões prontos, exemplos rápidos, “receitas de bolo” para poder aplicar imediatamente no seu trabalho e mostrar ao chefe e colegas que realmente fez jus ao diploma que apresentou na comprovação de título. Não aprendeu pensar para fazer e agora continua fazendo as coisas sem pensar, pois não tem tempo e o tempo sempre cobra caro o que as pessoas fazem sem ele.
Quem sabe um dia essa pessoa, estudante negligente, perceba que o seu maior medo é ter de encarar que no desperdício do tempo acadêmico presente a si mesmo se fez no futuro um profissional incompetente.
Sua dinâmica na faculdade girava em torno do fato de estar inscrito em um curso superior e isso soava bonito para os amigos! A glória de ser “nível superior” ofuscava a importância de estudar. Seus interesses mais imediatos estavam saciados. Estudar pra quê? Sem visão empreendedora e de futuro desprezou ótima oportunidade em fazer sua network.
A pessoa se achava a mais esperta de todas, de um jeito ou de outro conseguia as notas mínimas para pular o semestre e assim se formou, na sombra de seus colegas e à vista grossa dos professores. Pegou o canudo e foi para o mercado de trabalho. Viu que no exercício de sua função as atividades corporativas eram coisas sérias e a pressão aumentava porque precisava saber bem aquilo que negligenciou aprender durante anos na faculdade.
Mas a pessoa não se dá por vencida, leva seu emprego na base da embromação e se matricula urgentemente em uma especialização das mais baratas possíveis e preferencialmente instantânea. Ingressa na pós-graduação não para aprofundar o que já sabia, pois nunca soube muita coisa, mas para tentar pegar algum material atualizado ou aprender algo daquilo que agora precisa saber urgente só para garantir seu emprego. Deslocada que é, insiste em se auto-iludir fazendo-se acreditar que pós-graduação é o mesmo que “supletivo de graduação” e professor é “consultor pessoal” para salvá-la de seu embuste.
Então, o acadêmico negligente se torna um pós-graduando improdutivo, infeliz consigo mesmo, com a vida, ingrato com tudo e com todos queixa-se da instituição, do professor, da mensalidade, da metodologia, dos colegas, da sala de aula, dos recursos didáticos, das apostilas, do mosquito que passa e até do estacionamento gratuito. Nada nunca se converterá em aprendizagem significativa porque a pessoa não aprendeu reconhecer significantes e abstrair algo daquilo que vivencia.
Aquele que foi estudante negligente tornou-se pós-graduando impaciente e improdutivo. Não se percebeu errante, por isso não se corrigiu e não aprendeu saber o ofício que precisava conhecer. Não estudou os recursos que estavam à sua disposição; não se preocupou em entender de gente e a lidar com recursos humanos. Agora, arrogante mais do que nunca, intenta merecer o grau colado, porém odeia saber em seu íntimo que só lhe resta, além do diploma reconhecido pelo MEC, aquilo que conseguiu construir na mediação acadêmica: nada! Sua reputação e emprego sempre estarão por um fio!
A inconsciente raiva de si mesmo embota seus sentidos e desloca sua zanga para um culpado qualquer que decide eleger conforme a intensidade de sua perversão naquele momento. Passa exigir dos professores resumões prontos, exemplos rápidos, “receitas de bolo” para poder aplicar imediatamente no seu trabalho e mostrar ao chefe e colegas que realmente fez jus ao diploma que apresentou na comprovação de título. Não aprendeu pensar para fazer e agora continua fazendo as coisas sem pensar, pois não tem tempo e o tempo sempre cobra caro o que as pessoas fazem sem ele.
Quem sabe um dia essa pessoa, estudante negligente, perceba que o seu maior medo é ter de encarar que no desperdício do tempo acadêmico presente a si mesmo se fez no futuro um profissional incompetente.
* Prof. Chafic Jbeili é teólogo com habilitação em filosofia, psicanalista, psicopedagogo, doutor honoris causa em psicanálise, professor de pós-graduação atua há 12 anos com treinamentos, palestras, seminários e aulas com temas em recursos humanos, qualidade de vida, clima organizacional, motivação, entre outros. É diretor da UNICEAD e ministra cursos online para gestores de RH, professores, psicólogos, psicopedagogos e demais educadores.