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quinta-feira, 29 de abril de 2010

O melhor amigo do homem é o trabalho!

O melhor amigo do homem é o trabalho!
Prof. Chafic Jbeili – www.chafic.com.br


Não pense que me esqueci
do adorável cãozinho, não! Na verdade a sociedade promoveu o cãozinho, de melhor amigo a melhor parente. Observo algumas pessoas tratarem seus pets como se fossem pessoas da família e vai dizer que não é pra ver a briga que dá!


Conheço meia dúzia de família
cujas crianças não podem brincar na sala, mas o gato pode! Já presenciei crianças bem mais fétidas, descabeladas e maltrapilhas do que seus próprios pets que, aliás, vivem por sinal muito bem empelicados, com laçarotes, roupas da moda e balangandãs chique no último!


Pena que muitos desses paparicados pets
são abandonados em pouco tempo, simplesmente porque os donos querem trocar de “modelo” ou porque cresceram demais ou ainda porque a moda daquela raça passou... Tal qual as crianças fazem com seus brinquedos e os adultos fazem com suas roupas, seus carros, seus sapatos e seus celulares!


Na perspectiva da moda
o cãozinho de algumas poucas pessoas está longe de ser o melhor amigo delas e não passa de mero acessório, objeto dos excessos orquestrados sob a estúpida batuta da vaidade humana, e cuja superproteção, neste caso especificamente, pode camuflar a culpa pelo desejo inconsciente do abandono por motivo fútil ou precoce. Confira as estatísticas!

O mesmo não acontece com o trabalho!
Ah sim, o trabalho! Este realmente é, aqui na Terra, o melhor e mais verdadeiro amigo do homem. Tem gente que ao invés de abandoná-lo ou trocá-lo, prefere “brigar” para ficar nele. Faz greve, pede aumento, esperneia, grita, chora, ameaça largá-lo, mas depois só pensa nele: o trabalho! Claro! Do trabalho depende a sobrevivência dos homens de bem e das pessoas que os homens de bem amam e precisam ajudar conseguir o melhor emprego para elas também!

O trabalho traz alento, abastece a despensa, paga água, luz, telefone; adquire alimentos, as frutas e os legumes do sacolão; banca o conforto da casa, a mesa onde se come o alimento que se conseguiu comprar e a prestação do sofá onde a gente vê TV ou brinca de videogame, presentes do trabalho!

Nos dias de dor, o trabalho paga a consulta do doutor e compra os remédios da receita. Engessa o dedo quebrado; conserta o dente furado; levanta o colo caído, arrebita o nariz e o bumbum.

Nos dias de alegria, o trabalho paga a prestação do carro, do apartamento novo ou o aluguel das paredes com teto que a gente chama de lar. O trabalho sacia os desejos da gente, dos filhos da gente, dos bichinhos que a gente tanto ama e as viagens que a gente tanto gosta de fazer!

O trabalho paga o presente do afilhado, compra a roupa da festa, o sapato que se viu no pé do ator ou da atriz; banca a passagem do saudoso parente e torna possível a tão esperada cerimônia.

O trabalho confere respeito, celebra a vida, garante direitos fundamentais e gera no homem a dignidade que ele tanto busca nas coisas que o emprego às vezes não consegue comprar e, talvez por isso, magoamos com ele e esquecemos agradecê-lo por todas as outras coisas que ele consegue nos dar.

Dia 1º de maio, dia do trabalhador!
Agradeça pelo emprego que tem e pelo emprego de seus entes queridos, abençoe-o, energize-o, pois aqui na Terra, o melhor amigo do homem de bem é o trabalho! Viva o dia do trabalhador e vida longa às empresas que praticam a responsabilidade social, a qualidade de vida no trabalho e programas que priorizam pessoas.


Prof. Chafic Jbeili
Consultor vivencial, Psicanalista, Psicopedagogo e Escritor.

CONSULTORIA - CURSOS - OFICINAS - PALESTRAS
Formação continuada e qualificação profissional
(38)3082-0876 | (38)9184-0439
e-mail: chafic.jbeili@gmail.com
Montes Claros(MG) | Brasil

terça-feira, 27 de abril de 2010

Plágio e saúde mental

O plágio, além de expressar incompetência, é um risco à saúde mental.
Prof. Chafic Jbeili - www.chafic.com.br

Ano passado (2009) assisti reportagem em uma emissora de TV sobre os aspectos positivos e negativos da internet. O título da matéria era "Crtl C, Crtl V". Para quem não se lembra ou não sabe mesmo, Ctrl é a abreviatura da função control no teclado do computador. A primeira combinação copia e a segunda cola. É a versão eletrônica e moderna da tradicional "cola" escolar. Pergunte a qualquer estudante que tenha acesso ao computador e ele te dará sofisticada aula sobre o assunto.

Agora, acabo de ler que o livro de Danilo Gentili “Como se tornar o pior aluno da Escola” onde o ilustre autor ensina, entre outras coisas, como colar em provas vendeu 13 mil exemplares!

Mas o que eu quero e preciso destacar sobre o tema em questão é a minha preocupação, como psicanalista, sobre o futuro da mente humana. Sabe-se que as redes neuroniais são formadas de acordo com as demandas de estímulos. O cérebro é o único órgão que quanto mais você usa, melhor ele fica. O contrário também é verdadeiro! Se não for utilizado ele atrofia e até diminui de tamanho, sabia?

Crianças se desenvolvem melhor quando têm melhor qualidade e quantidade de estímulos. A memória e o raciocínio no adulto também seguem o mesmo esquema. Quanto mais se utiliza a memória e o raciocínio, melhor desempenho terão essas funções, entre outras muitas.

Com os equipamentos eletrônicos muitas funções no cérebro ficam subutilizadas. Fazer conta de cabeça ou guardar números de telefone nos miolos é coisa do passado ou coisa de quem não tem celular.

Com tantas regalias cibernéticas e tecnológicas a preguiça mental reina perene e o plágio surge como coroamento daquele que pratica a "lei do menor esforço", sob a égide da máxima darwiniana "neste mundo nada se cria, tudo se copia". Vade retro plagianás! (um demônio do plágio que inventei). 

Plágio é sinônimo de incompetência, pois mesmo dispondo de toda tecnologia o mínimo que a pessoa precisa fazer é exercitar o seu cérebro e criar algo novo, inédito e original, ainda que inspirado em alguém, por que cada qual precisa ter suas próprias produções para se regozijar em boa e saudável auto-estima. É questão de ética, mas é questão de saúde mental também.

Penso, portanto, que plágio é sinônimo de incompetência, de doença até. Quanto mais plágios a pessoa realizar, mais imbecil ela se tornará, quer apostar? Pobre e infelizes dos ricos, abastados e abestados que ignoram o potencial de suas mentes e privilegiam recursos funcionais de equipamentos cada vez mais caros e sofisticados em um mundo cada vez mais repleto de informações e conteúdos disponíveis a um clique de distância.

Portanto, pais e educadores, estimulem em seus filhos e alunos o gosto pelo aprender e pelo criar para que não se tornem meros copiadores detentores de atalhos do empobrecimento intelectual. Evite que no futuro sejam profissionais medíocres que sobreviverão de Ctrl C, Ctrl V em todas as áreas de suas vidas.

Moral da história: A tecnologia é boa e muito bem-vinda, mas suas facilidades não podem e não devem atravessar as limítrofes da ética, da criatividade e da saúde mental.

Prof. Chafic Jbeili
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segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Cristoponia ou Teologia Cristopônica.

Se você aprecia temas teológicos, confira o artigo sobre a Cristoponia ou Teologia Cristopônica em um outro blog que edito especialmente com temas teológicos. www.ordemdehorus.blogspot.com

O Sétimo pilar da Qualidade de Vida no Trabalho: Trabalho X Vida familiar e social.

O Sétimo pilar da Qualidade de Vida no Trabalho: Trabalho X Vida familiar e social.
Chafic Jbeili – www.chafic.com.br
 
O trabalho sustenta a vida social do empregado até certo ponto, mas depois é a qualidade de sua vida social que sustentará o trabalhador no emprego.

Quantas pessoas saem exauridas depois de um dia de trabalho, sem forças para um happy hour, um aniversário em família ou mesmo um cinema? O mais comum é chegar em casa estressado, morto de fome e louco para tirar os sapatos. Não é bom para as organizações quando seus colaboradores chegam em casa e diz: “Esse trabalho está me matando...” 

O problema não é apenas o trabalho em si, mas tudo que envolve a atividade laboral e o quanto ela exige de energia do trabalhador durante todo o dia ou toda a semana, a ponto de não deixar forças para os compromissos pessoais, o lazer e o convívio familiar de qualidade.

A alternância de papéis, a instabilidade de horários, as viagens frequentes entre unidades da empresa, tudo isso prejudica a agenda pessoal do trabalhador e o desmotiva.

A pessoa que exerce o papel de “curinga” (cobre todas as funções) sempre tem de ficar no lugar de alguém faltoso ou que precisa sair mais cedo, daí aquele compromisso em família fica sempre em segundo plano, causando indisposição e contrariedade, além de cansaçoi extra devido a sobrecarga de atividades e funções.

A instabilidade de horário também é outra variável extremamente nociva à vida social do trabalhador, pois este não pode agendar um cinema, teatro ou outra atividade de lazer, pois sempre corre o risco de perder o ingresso ou desapontar a companhia convidada, afetando sua percepção de integridade pessoal, ou seja, acaba passando uma imagem de sujeito “enrolado”, sem que seja sua culpa.

Ter de estar em duas ou mais unidades da empresa em cidades, estados ou países diferentes por dias ou semanas também é algo que desestabiliza o trabalhador, pois o tira de seu convívio familiar, afetando emocionalmente cônjuges e filhos, podendo originar pressões por parte da família, colocando-os indispostos com toda a situação e causando insatisfações de toda ordem contra o emprego. 

A gestão com foco em QVT sabe o quanto é primordial que o trabalhador tenha uma vida social facilitada e incentivada. Quando a pessoa percebe que a empresa valoriza sua vida familiar e social, bem como favorece a consecução de seus compromissos pessoais, então ela dá mais valor ao trabalho e se empenha mais nas tarefas, na pontualidade, porque pode contar com o carisma e apoio da família, além de uma disposição interna muito mais favorável.

Pessoas com vida social e familiar mais intensa e freqüente são menos estressadas, mais alegres, bem humoradas e também mais criativas, porque se sentem mais felizes e realizadas. Esses benefícios refletem na qualidade de produção e execução de tarefas no ambiente de trabalho gerando ganhos quantitativos e qualitativos para as organizações, além de evitar prejuízos por conta de absenteísmos e da despersonalização do trabalhador.

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Como desmotivar pessoas.

Como desmotivar pessoas e deixá-las arrasadas.
Prof. Chafic Jbeili – www.chafic.com.br

 
Então vamos lá! Em protesto à cultura anti-educacionista, vou ensinar em três passos como tirar a paz e acabar com o ânimo das pessoas. Depois de escolher a vítima do dia, fazer o seguinte:

Primeiro: Faça comparações!
Compare a pessoa com outras pessoas que você e ela conheçam. Diga o quanto as outras pessoas são melhores e fazem tudo mais perfeito do que ela. Se for seu marido, compare-o com os gentis maridos de suas colegas. Se for seu filho diga a ele o tanto que o filho da vizinha é mais organizado, obediente, educado e prestativo. Se for um colega de trabalho recém-chegado, lembre-o de como o colega anterior fazia a mesma coisa de forma mais rápida e muito mais eficiente! Procure pessoas perfeitas e depois compare, compare, compare copiosamente!


Segundo: Faça cobranças! Cobre presença, cobre interação, cobre satisfação, cobre feedback, cobre mais pontualidade, cobre mais empenho, cobre mais dedicação, cobre mais compromisso, mais educação, cobre mais atenção, cobre mais resultados, cobre notas mais altas, cobre mais presentes, cobre mais serviço, mais agilidade, cobre mais cuidado, cobre mais e mais. Faça-a pensar o tanto que ela é insuficiente em tudo! Enfim, cobre tudo que você lembrar. Cobre, cobre, cobre intensamente!

Terceiro: Depois de comparar bastante e cobrar muiiiiiito, agora Rejeite sem dó!
Diga a pessoa que ela não é a pessoa ideal para sua vida ou para aquele trabalho ou tarefa e que está “muito decepcionada” com ela. Rejeite a presença dela, ignorando-a enquanto expõe idéias ou converse ao mesmo tempo em que ela fala. Rejeite a boa vontade dela e diga que “não precisa se preocupar”, pois você dá conta. Rejeite a opinião dela maneando a cabeça, enquanto ela fala. Rejeite suas justificativas, sorrindo cinicamente e dizendo que “não adianta se explicar”, pois você já entendeu tudo. Rejeite a ajuda dela dizendo que ela pode “ir fazendo outra coisa”. Rejeite a amizade dela, esquivando-se do abraço e do aperto de mãos oferecidos. Rejeite-a intensamente fingindo que nem a vê e por isso ela “já morreu” para você. Enfim, rejeite, rejeite, rejeite com força!


Dificilmente um cônjuge, um filho, um colega de trabalho ou seja lá quem for ficará de pé e emocionalmente estável depois de ser copiosamente comparado, intensamente cobrado e nitidamente rejeitado. Não tem quem resista a este tripé maquiavélico! é bater e valer!

Advertência: Só tem um probleminha básico para quem resolver aplicar esta receitinha: Todo sentimento que alguém provoca em outras pessoas, mais cedo ou mais tarde também voltará para si, com força! Que sentimento você tem aflorado nas pessoas? Afinal, quem não está gostando do "eco" que está ouvindo, precisa mudar o "som" que está emitindo.

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Janelas da Vida

Janelas da Vida
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Conto a história sobre a jovem que morava em uma casa simples entre o vale e a colina. Sempre que podia, essa jovem se dirigia para os fundos da casa e ficava debruçada na janela olhando as tralhas que acumulavam no quintal. Sua visão era limitada e sombria, pois o fundo da casa dava para uma parede de pedras e ali o sol mal conseguia iluminar. Vez ou outra os olhos da jovem acompanhavam atentamente os movimentos da aranha e das cobras que habitavam as pedras.

Com o passar dos anos os ânimos e a vitalidade dessa jovem iam desfalecendo pouco a pouco e seu semblante era entristecido, até o dia em que um senhor peregrino andava errante por aquelas bandas e resolveu pedir um pouco de água. Enquanto bebia e descansava o homem resolveu indagá-la, com todo respeito, o motivo de sua aparência triste e sem vida.

Ela dizia: “Não é alegre o meu coração. Passo os meus dias olhando as tralhas que se acumularam em meu quintal ao longo dos anos e agora minha companhia são as pedras, as aranhas e as peçonhentas cobras da montanha. Venha meu senhor e veja de minha janela os motivos de minha angústia e de minha tristeza. Tenho ou não tenho razão de estar assim?”.

Concordando, o homem perguntou-lhe se naquela casa havia mais janelas e a moça respondeu afirmativamente e foi logo mostrando cada uma delas. Ao chegar à janela que dava para o vale, o homem avistou uma paisagem deslumbrante, bem característica de um vale cinematográfico, com rio, cascata, árvores floridas, águias cantando em revoada no céu e um lindo por do sol no límpido e extenso horizonte. O infinito era um convite à imaginação!

A própria jovem ficou fascinada com tamanha beleza e enquanto seu semblante mudava radical e instantaneamente o fôlego de vida ia se restabelecendo em sua expressão. Ela mesma não parava de se questionar porque havia adquirido o hábito de permanecer por tanto tempo debruçada na tenebrosa janela dos fundos e agradeceu o velho por sua acidental, mas oportuna presença.

O homem então sorrindo entendeu o motivo e a razão de seu incidente e agradeceu a jovem que sem entender perguntou como podia ele se alegrar com a própria falta de sorte, já que estava ali por um erro de direção. O velho sábio respondeu: Às vezes, acontecem coisas tão maravilhosas quando tudo dá errado que não teriam acontecido se tudo tivesse dado certo.

Moral da história: A nossa vida é como aquela casa da colina: Existe a janela que dá para um passado sombrio, com algumas pessoas que nos causaram dores; com amargas lembranças das conquistas quase realizadas; das perdas vivenciadas, entre outras mazelas da vida. Essas são as nossas tralhas mentais, que naturalmente se acumulam à medida que a vida passa!

Mas em nossa vida também existe a janela da frente, que dá para um horizonte belíssimo, extenso, cheio de oportunidades, de grandes possibilidades, de novas realizações e que renovam nossas esperanças dia a dia, revigorando os ânimos e tornando nossas expressões cintilantes. Cabe a nós escolher em qual janela queremos permanecer debruçado.

Eu já fiz a minha escolha e quero viver fascinado curtindo o meu presente e idealista em relação ao meu futuro. Do passado só quero a experiência que me fortaleceu e me fez ser quem eu sou hoje. E você? Em qual janela escolherá ficar? A que te adoece ou a que te revigoram os ânimos? Então, sempre que uma lembrança ou pensamento ruim lhe vier à cabeça experimente mudar de janela!

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Imigrantes do Amor

Imigrantes do Amor
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Algumas pessoas largam sua pátria, seu solo, sua terra, sua casa, seu trabalho, sua cultura, sua família em busca de melhores oportunidades de emprego, de renda e de vida em uma terra que às vezes só conheceu de ouvir falar. Mas não são dessas bravas e muitas até bem sucedidas pessoas que quero falar agora. Quero falar dos imigrantes do amor, pessoas que se desencantaram com seus atuais parceiros e incucam aventurarem-se na busca de alguém imaginativamente especial, sem igual, perfeito.

Essas pessoas largam seus amigos, seus costumes, suas manias, suas rotinas, seus sonhos e até seus atuais parceiros para irem em busca de melhores oportunidades de afeto, de carinho e de relacionamento a dois; largam tudo por amores que às vezes só ouviram falar nos contos de fadas, nas novelas ou nos romances de Hollywood. Sim! É dessas pessoas que quero falar.

Esse tipo de pessoa se coloca a mercê do próprio coração nesse barco ilusório do amor. Imagina que tudo será diferente com outra pessoa e que não haverá mais desprezo, repulsa ou brigas e desentendimentos. Larga tudo que tem em busca daquilo que jamais encontrará: a própria felicidade na presença do outro. Assim, transfere para o outro o motivo de sua felicidade e parte iludido, obstinado como quem tem um mapa do tesouro nas mãos.

O imigrante do amor tem na mente a certeza de que sua felicidade está na pessoa que ainda encontrará e acaba por deixar a quem tem para planejar ser feliz no futuro com outro alguém. Em breve só lhe restará lamentar o passado e lembrar saudoso daquele(a) que deixou. Com menos esforço conquistaria extraordinariamente quem já está a seu lado.

O imigrante do amor parece escutar a voz de uma amada perfeita lhe chamando o tempo todo e isso não o deixa dormir nem descansar. Parece que ele vê realmente sua amada às vezes sedutora, às vezes vitimada e em ambos os casos rompe motivado em sua jornada de busca alucinada como quem parte para o salvamento ou o resgate de alguém que ansiosamente o aguarda. É a certeza inconsciente de que este alguém está a lhe esperar que faz o imigrante do amor persistir na sua aventura. É a esperança de encontrar nesse alguém ideal a felicidade que tanto almeja para si. É a expectativa de ver nesse alguém o atual parceiro sem defeitos.

Mal sabe o imigrante do amor que poderá estar deixando quem realmente o ama para se entregar a quem poderá lhe fazer sofrer. Que certeza infeliz esta de pensar que a sua felicidade está nas mãos daquela(e) que pode ser o seu/sua algoz. Que armadilha da imaginação! Que emboscada do coração! Pobre de quem deixa o seu bem-querer para dedicar-se àquela(e) que mal lhe conhece e que talvez nunca lhe pertencerá, quiçá querirá tal envolvimento. Como pode alguém gostar de quem não é seu e temer perder aquilo que ainda não lhe pertence? O imigrante do amor faz isto o tempo todo!

Largar uma pátria amada ou um amor declarado para aventurar-se ser (mal) tratado como estranho estrangeiro numa terra forasteira ou num coração desconhecido é coisa de imigrante louco, pois se não encontrar a prosperidade e a felicidade dentro de si, dificilmente encontrará em qualquer pátria ou em qualquer coração que lhe ofereçam abrigo, por melhor que estes possam ser. Quando muito o imigrante do amor será tratado como morto, pois a pessoa supostamente ideal talvez prefira ficar apenas com a lembrança de alguns bons momentos ao invés de querer ficar com aquele que é lembrado, mesmo que vivo e disponível.

Portanto, apaixone-se por quem é apaixonado por ti e dedique-se a quem é dedicado a ti. Não acredite mais em pessoas especiais, mas em momentos especiais com pessoas habituais. 

Então, crie tais momentos com quem já está a seu lado, mesmo que distante!

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domingo, 18 de abril de 2010

Caminhos para a felicidade: 3/3

Caminhos para a felicidade: Parte 3/3
Prof. Chafic Jbeili - www.chafic.com.br

No texto Parte 1/3 destaquei a necessidade de a pessoa elaborar e compreender o sofrimento como primeiro caminho para a felicidade. Na parte Parte 2/3 falei sobre ter amigos e ressaltei a importância da amizade, nem tanto em quantidade, mas imprescindivelmente em qualidade como sendo o segundo caminho para a felicidade. Vejamos agora o terceiro caminho:

Reflita alguns segundos sobre as decisões e atitudes mais malucas, irreverentes ou revolucionárias que você tomou em sua vida, tendo marcando significativamente a sua história. Lembrou de algo? Pois é! O que você provavelmente fez, se fez, com certeza tem íntima relação com o terceiro caminho para a felicidade.

Já imaginou porque a natureza fascina tanto as pessoas? Sabe por quê elas se encantam com as nuvens, com os pássaros ou com os rios? Porque esses elementos usufruem o que todos seres humanos precisam e querem, às vezes a qualquer custo!

Inúmeras pessoas, de todas as idades, que habitam ao redor do mundo estão agora mesmo pensando em uma saída para mudar a própria história, seja por uma necessidade pessoal, moral, social ou mesmo por uma questão de vida ou morte. O que essas pessoas estão fazendo é buscar o que chamo nesta série de o terceiro caminho.

Certamente a compreensão do sofrimento e bons amigos são elementos chaves para o gozo da felicidade nesta vida, contudo, a felicidade não poderá ser vivenciada em sua plenitude caso a pessoa esteja psicológica, física ou financeiramente privada de sua liberdade ou tenha sua autonomia impedida, prejudicada.

A história da humanidade está repleta de atos revolucionários justificados pelos seus fins de liberdade ou libertação. Desde escravos, prisioneiros e desertores de guerra, passando por vilões e mocinhos até príncipes, profetas e estadistas buscaram de alguma forma a liberdade e a autonomia para si ou para o outro. De que outra forma ouvimos a história de Moisés, Dom Pedro I, Mandela, Ghandi ou Jesus?

Por isto a natureza encanta a todos, pois é livre e autônoma. Depende de regras próprias com base em uma interação natural de elementos. Não aprisiona e não se prende a nada! As nuvens se metamorfoseiam com o vento e os rios se esquivam das rochas, mas cada qual vai em direção de seu destino, sem qualquer impedimento. Até as árvores têm a liberdade de permanecerem onde estão. Na natureza, tanto os elementos móveis quanto os fixos são deslumbrantes porque são livres para serem o que são e estarem onde estão. Talvez por isto o homem perverso agride tanto a natureza, pois ela tem o que ele sequer imagina como há de conseguir a liberdade e autonomia das nuvens, dos rios ou dos pássaros.

Aquilo que o homem invejoso não consegue ou não pode possuir e dominar, então agride e tenta humilhar, subjugar. Quem faz isto contra a natureza, certamente fará contra seu semelhante. No fundo no fundo, todo invejoso é também um perverso e vice-versa.

E as pessoas? Têm liberdade de ser quem são e estar onde estão? Têm elas recursos de autonomia suficientes para se dizerem independentes entre si? Nem sempre, nem sempre! Liberdade e autonomia são coisas desejadas por todos. Quando alguém consegue, o outro silenciosamente entra em desespero!

Humanos são reféns voluntários ou vitimados do tempo mal calculado, do trabalho exagerado, dos compromissos mal agendados, das dívidas mal contraídas, das conversas mal versadas, das idéias mal pensadas, das angústias mal choradas, dos traumas mal analisados e das pessoas mal intencionadas. Quem vive assim, vive uma vida de pouca felicidade; uma vida mal vivida.
Inúmeros filósofos e especialistas do comportamento humano tratam a liberdade e a autonomia dos seres humanos como elementos fundamentais à sua existência. A Constituição Federal dos países democráticos contemplam em sua essência e artigos a liberdade de expressão, a liberdade de ir e vir e até aos presos lhe é garantida a tentativa de fuga como princípio de liberdade.

A liberdade é o valor supremo das Nações e ideal de seus cidadãos. A liberdade pressupõe que todo indivíduo tem o direito de exercer sua vontade nos limites que sua cultura e leis lhe permitem. Nesse sentido, nenhuma pessoa, a princípio, deveria estar (ou se colocar) cativa e submissa à vontade de uma outra pessoa, de uma idéia limitadora, de um trabalho explorador ou mesmo "cativante".  Não gosto da frase de Exupéry: "Se tu me cativas...". Ninguém tem o direito de cativar o outro e ninguém deveria se permitir ser "cativado" pelo outro. Pessoas cativas são pessoas que contrariaram o princípio da liberdade e comprometeram a sua felicidade, pensando que estavam fazendo justamente o contrário.

Toda pessoa conformada a uma situação qualquer de subjugação é também proporcionalmente infeliz. Algumas pessoas que vivem cativas costumam sonhar que estão voando ou que estão correndo. Elas têm fascínio por aviões, pássaros e pela natureza, pois se sentem presas a algo ou a alguém e desejam no recôndito de sua alma a liberdade. Muitas jovens nutrem a esperança de que um príncipe montado em um cavalo branco irá salvá-la da torre-prisão, mesmo estando esta torre no ápice de um castelo imperial! Quantas mulheres têm corrido para palácios e castelos deslumbrantes e depois se vêem prisioneiras do medo?

As crianças são as que mais sonham com a liberdade. Quanto mais se tolhe e reprime a liberdade de uma criança, mais se avoluma a rebeldia dentro deste futuro adolescente. Quando a revolta e a raiva contidas não eclodem até a adolescência é muito provável que então surgirá, proporcionalmente, um adulto ansioso, depressivo ou perverso. Pode-se e devem-se impor limites às crianças, dizer não e determinar o que pode e o que não pode ser feito, mas é um risco altíssimo negligenciar a percepção de liberdade que tal criança constrói ao longo de sua infância. Quanto maior a sensação de privação, maior o descompensação emocional.

Entendo que cada qual faz como sabe e consegue fazer. Uns criam e inovam, enquanto outros copiam ou até roubam. Crianças, adolescentes, adultos ou idosos; todos buscam das formas mais criativas, equilibradas, sensatas e até por meio das atitudes mais tolas, bizarras e criminosas a liberdade e a autonomia que a genética lhe cobra, a natureza lhe inspira e o inconsciente determina. O homem foi criado para ser livre e sobreviver das soluções que criar. A autonomia chega quando a pessoa consegue subsistir com os próprios recursos morais, intelectuais e financeiros, cada qual do seu jeito, na medida em que aprendeu ou viu fazer.

Considerando o dinheiro um meio eficaz para a liberdade e autonomia da pessoa; e considerando que a autonomia é um dos critérios da felicidade, então o dinheiro traz felicidade sim! Porém, a idolatria pelo dinheiro pode ter efeito colateral e trazer infortúnio, pois o avarento pode até ter muito dinheiro, mas perderá verdadeiros amigos, comprometendo o segundo caminho para sua felicidade.

Enfim, a maturidade como a pessoa encara seus sofrimentos; a qualidade de suas amizades e o modo como ela conquista e usufrui sua liberdade e autonomia são, em essência, os caminhos da felicidade que, quando trilhados de forma ética, moral e consciente, gera a felicidade, pois a felicidade não é um destino que se pode chegar e sim os caminhos que se trilham, enquanto se vive. Preciso é saber viver. E quem nos ensinará?

Como os pais têm ensinado seus filhos a encarar os problemas da vida? Como a família e a escola têm sido “modelos” de sociabilização e redutos das amizades sinceras? Como os governos e a sociedade de modo geral têm proporcionado aos cidadãos usufruir liberdade e construir autonomia? Serão os adultos de amanhã pessoas capazes de se sentirem plenamente felizes e realizadas? Assim, para que o futuro seja um lugar amistoso, produtivo e bom de se viver é preciso que seja repleto de pessoas hábeis em lidar com desafios, que sejam amistosas e com equilíbrio de liberdade dentro dos limites, além de autonomia suficiente para sobreviver com o que produz, sem subjugar o outro.

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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Caminhos para a felicidade: 2/3

Caminhos para a felicidade: Parte 2/3
Prof. Chafic Jbeili - www.chafic.com.br

Para a consecução da compreensão do sofrimento, desde os mais corriqueiros e superficiais até aqueles mais arrasadores e profundos, um elemento é extremamente fundamental para esse processo: Um amigo ou uma amiga de verdade! é nesta hora que um estranho presente vale mais do que um parente ausente.

Já foi comprovado cientificamente que a presença de uma pessoa amiga nas primeiras cadeiras de um auditório pode gerar ocitocina suficiente para qualquer orador recobrar sua segurança e autoconfiança, superando o medo de falar em público em meio a tantas pessoas alheias.

A ciência afirma que a ocitocina está presente na contração uterina durante o parto e também na ejeção do leite materno durante a amamentação, causando aquela sensação de conforto, acolhimento e segurança ao bebê provocando amizade eterna entre mãe e filho. Esse hormônio é fundamental na construção e manutenção de vínculos sociais e está amplamente presente nas relações amistosas. Se a p resença de alguém conseguir provocar em seu cérebro a liberação da ocitocina, então pode ter certeza de que o seu afeto por esta pessoa estará determinado. Tanto isto é verdade que a ocitocina foi batizada pelos especialistas como “hormônio do amor”.

Ao contrário do que a presença de um verdadeiro amigo pode aflorar em nós, a presença de uma “perssona non grata” pode inundar nosso corpo com o hormônio do estresse, o cortisol, dificultando ainda mais a atenção, o raciocínio e, por consequência, a sensação de paz e tranqüilidade, conduzindo qualquer um ao estado de tensão, agressividade e instabilidade emocional, o que fará distanciar de tudo aquilo que se pode perceber e sentir como estado de felicidade.

Nesse sentido, as pessoas que são mais afáveis e sociá ;veis e, por isso, têm maior facilidade em fazer e manter amigos contam com uma espécie de “batalhão de choque” contra os revezes da vida. Assim, quanto mais amigos se conseguem, mais rápido se estancam sofrimentos e superam-se crises.

O contrário é verdadeiro: as pessoas mais afastadas, introvertidas e desprovidas de amigos têm baixa resistência aos problemas do dia a dia. Estão sempre se sentindo inseguras, sozinhas e por isso tendem a ficarem mais ansiosas ao menor sinal de perigo, desenvolvendo uma perspectiva triste, solitária e infeliz sobre sua própria vida, pois se sentem mais frágeis e mais vulneráveis ao que está passando.

Roberto Carlos sabia disto quando afirmou em sua canção que queria ter um milhão de amigos para que pudesse “bem mais forte” poder cantar! Grandes profetas e mestres das religiões enfatizaram a importância de se fazer amizade e ter amigos para o fortalecimento do indivíduo e do grupo, comparando a pessoa que vive isolada ao pedaço de carvão de brasa extinta porque se afastou do braseiro ou da folha que se rasga mais fácil quando separada da resma.

Jesus promoveu seus amigos discípulos à condição de irmãos, tamanha a comunhão entre eles e instituiu a Eclésia como lugar de proteção e fortalecimento mútuos.

Afastar-se dos amigos em momento de dor e sofrimento não é uma boa idéia. Querer ficar só, estando mal, não é uma escolha saudável. No reino animal, a espécie que se afasta do grupo é alvo das bestas feras do campo. Se em momento de tribulação a pessoa desejar afastar-se de um amigo ou de seu grupo, ou é porque não se sente segura em re lação àquela amizade ou se sente ameaçada pelo grupo. Assim, tudo que afasta os amigos-irmãos, como a desavença, a desconfiança ou mesmo a falta de tempo e o corre-corre do dia a dia, também diminui a felicidade do indivíduo.

Como cantou Milton Nascimento: “Amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito...”. Onde está aquela pessoa que faz seu cérebro produzir ocitocina ao invés de cortisol? Liga pra ela! Amigos duplicam a alegria e dividem a tristeza. Quando há amizade entre casais ou entre pais e filhos os relacionamentos duram muito mais tempo e com maior qualidade, mas quando a presença de uma pessoa libera cortisol na outra, então a dor, o sofrimento e o distanciamento são inevitáveis! O menor problema se agiganta e o ânimo sucumbe.

Não há problema demasiadamente grande ou lugar aper tado quando se está entre amigos, mas o mundo se torna um lugar hostil e pequeno para dois inimigos, não é verdade? Que júbilo pode haver em qualquer coisa se não se tem com quem compartilhar? Que graça tem aquele almoço de domingo; ou um vinho caro; ou um delicioso sorvete; ou ainda a viagem sonhada senão a graça da companhia de alguém? Melhor ainda se for uma pessoa amiga!

Porque será que os comerciais de bebida têm sempre uma roda de amigos? Porque o que dá sabor àquela bebida amarga e intragável é, sem dúvida, a companhia de gente querida. Uma vida sem amigos é uma vida insossa! Nada tem graça, não tem sabor!

Nelson Gonçalves cantou a ausência do pai amigo na canção “Naquela mesa”, pois estava faltando aquele que o compositor chamou de amigo e mais que seu filho era tamb&eac ute;m seu fã. Fábio Júnior sente profunda saudade do pai amigo, saudade esta interpretada na canção “Pai”. De forma que o verdadeiro amigo pode surgir entre pessoas estranhas ou dentro da própria família. Importa que a amizade seja verdadeira e duradoura.

O segundo caminho para a felicidade acontece quando uma pessoa se dispõe a conquistar e manter amigos, sendo amiga! O amigo não precisa ser necessariamente um parente ou um estranho; ser rico, forte ou influente, basta estar presente na quantidade de tempo e com a qualidade de presença suficiente para acolher, alimentar, proteger, compreender e amar. A palavra “amigo” é filha da palavra “amar”.

Triste pensar que boa parte das crianças e pessoas desaparecidas sai de casa por vontade própria em busca de amizade (amor) na rua, nos órgãos assistenciais e até m esmo nos grupos criminosos.

Pais ausentes, entupidos de trabalho, totalmente indisciplinados na divisão de seu tempo perdem a grata oportunidade de desenvolver amizade profunda com seus filhos, mesmo “dando tudo do bom e do melhor”. Mas o homem à toa que fica na esquina pode ser aquele que será chamado de “melhor amigo” pelo filho que se sente abandonado, mesmo às vezes tendo tudo do bom e do melhor.

Qual amizade poderia ser melhor para uma criança do que a amizade de uma mãe ou de um pai? A do cachorro? A de um estranho? Qual pessoa, por mais abastada e sincera que fosse poderia se dizer e se sentir feliz sem que pudesse contar com pelo menos uma pessoa amiga para compartilhar aqueles momentos especiais ou cruciais da vida?

A felicidade só pode ser usufruída se for produzida e, uma vez produzida, para mantê-la latente é necessário que esta s eja compartilhada. Por isto a amizade é elemento fundamental para a manutenção da felicidade produzida, pois ela só é contínua quando é dividida com alguém.

Na próxima segunda-feira enviarei a parte 3/3 desta série! Por favor, compartilhe esta série com seus amigos e também com todos os seus contatos.

Prof. Chafic Jbeili
Consultor vivencial, Psicanalista, Psicopedagogo e Escritor.

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Caminhos para a felicidade: 1/3

Caminhos para a felicidade: Parte 1/3
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Tudo o que uma pessoa faz pulsa pela felicidade, sua ou do outro não importa, pois acaba revertendo à sua própria!

A felicidade é um dos temas humanistas mais discutidos por filósofos, pensadores e religiosos de todas as épocas. Como objeto de desejo íntimo inerente a todo ser humano, o tema é amplamente explorado por quem quer vender um produto ou persuadir alguém a uma idéia.

Na ausência de uma pílula da felicidade, substitui-se essa por bens de consumo. E tal como uma pílula, o consumo precisa ser contínuo e sistemático, de tantas em tantas horas, enquanto durar seu efeito: a falsa sensação de felicidade. Arruma-se uma coisa, estragam-se outras! Tudo tem efeito colateral. Remédio, drogas, compras, pessoas...

Afastar a dor e o sofrimento não é o mesmo que buscar a felicidade. Este é um pensamento infantilizado, pois tudo que realmente vale a pena nesta vida é resultado de muito sacrifício. Assim, tudo que abranda o sofrimento em nome da satisfação imediata de uma necessidade real ou imaginária, também abranda a felicidade.

Então ser feliz é permanecer no sofrimento? Que incoerência! Nada disto! Contudo, só poderá usufruir felicidade quem a produzir. De forma que a felicidade é algo produzido em processos que geralmente causam muita dor e sofrimento. Deste modo, toda pessoa infeliz é aquela que ainda não compreendeu a aflição que está passando (passando!).

Pense na bailarina, no cantor, no piloto ou no professor de sucesso! Nunca houve uma exímia apresentação em noite de gala ou em dia de aula sem a presença de calos nas mãos, nos pés ou nas cordas vocais. Não há qualquer pessoa notadamente reconhecida neste mundo que não tenha passado por sacrifícios e por dor de forma sublime enquanto fazia aquilo que acreditava e por isto compreendia a dor.

Qual mulher encararia, suportaria e poderia superar a dor do parto não fosse a compreensão de seu significado? Quem almejaria ser contorcionista? Quem iria querer ser bombeiro ou astronauta? Como poderia Jesus Cristo pedir a Deus que perdoasse seus algozes, enquanto martirizava na cruz, não fosse a compreensão de sua missão?

Qual é a sua missão pessoal ou profissional? Consegue relacioná-la ao que está passando?

Há muitas analogias sobre escuridão e luz. A escuridão é a falta de entendimento, de perspectiva; e a luz representa a compreensão. Luz e trevas são incompatíveis. Da mesma forma, tristeza e felicidade são incompatíveis! O martírio permanece somente até a chegada do entendimento sobre aquela situação, depois vem a felicidade instantaneamente.

Entende-se que o sofrimento dura enquanto não há entendimento, mas a felicidade chega junto com a luz, que é a compreensão sobre um fato angustiante ou uma situação de sofrimento. Afogar as mágoas na bebida ou evitar encarar um problema é permanecer na escuridão e dar vida longa aos sofrimentos. Portanto, se eventualmente estiver passando por um momento de aflição taque logo um holofote em cima dele. Encare-o sozinho ou com a ajuda de pessoas ou profissionais de sua confiança. Analise o sofrimento e compreenda-o o mais rápido que puder!

O primeiro caminho para a felicidade acontece quando você analisa suas vivências e consegue compreender o sofrimento. Não precisa justificá-lo, muito menos aceitá-lo, nem mesmo desejá-lo, mas compreendê-lo de forma bem estruturada nas concepções de uma mente proporcionalmente madura, desvinculando os acontecimentos atuais dos eventuais erros do passado, mesmo que inconscientes, como se o sofrimento de hoje fosse uma inevitável consequência de uma mancada do passado. Quer você lembre dela ou não.

No próximo texto a parte 2/3 desta série!

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