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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O anjo e o monstro sou eu!



O anjo e o monstro sou eu!
Prof. Chafic Jbeili

Já parou para pensar que o anjo ou o monstro que permeia a sua própria mente ou o pensamento do outro pode ser você?

Eu sempre tive medo do escuro. Não sabia o que havia lá, a não ser o que a minha imaginação arranjasse. Na escuridão, havia os seres mais esquisitos e mais nefastos que minha memória lembrava ter visto nos desenhos, nos filmes ou que eu ouvia nas histórias que me contavam. Bastava uma leve penumbra e as mais horrendas criaturas começavam a surgir desinibidamente, causando-me arrepios, fazendo-me recolher para debaixo das cobertas, mas também me faziam lembrar os anjos e a proteção divina e de meus pais. Eu corria para o colo da mamãe ou do papai, orava e o medo ia embora.

Interessante é que eu nunca fui atacado e agredido fisicamente por qualquer uma daquelas criaturas imaginárias, lógico, embora elas fossem fantasiosamente reais e terrivelmente assustadoras.

Eu cresci, aprendi algumas coisas sobre imaginação e descobri que na verdade os meus monstros nunca existiram, a não ser na minha cabeça, onde elas foram implantadas e, posteriormente, majoradas por mim.

Durante algum tempo eu reproduzi as caretas e os gestos daquelas criaturas. A idéia era fazer com meus irmãos, primos e amigos aquilo o que os monstros faziam comigo: assustar e fazer correr! Eu me divertia com a brincadeira, pois representava bem o assombroso papel.

Eles, os monstros imaginários, pareciam fortes e imbatíveis, mas bastava uma simples lanterna e eles desapareciam instantaneamente. Nenhum monstro é mais forte que os braços de um pai corajoso ou a fé de uma mãe zelosa. Foi então que eu descobri o poder da luz e dos pais, nossos primeiros super-heróis. A claridade e o colo me davam segurança e devolviam minha coragem. A quem temer se eu tinha uma lanterna nas mãos, além do super-homem e a mulher maravilha bem no quarto ao lado!

Mais tarde, quando servi o exército, descobri que a mesma luz que afastava as criaturas sombrias da minha mente também me delatava aos inimigos visíveis e, então, precisei fazer as pazes com a escuridão, pois ela iria me proteger dos meus oponentes e o sargento disse que eu não podia chamar meus pais.

Na escuridão eu me tornava invisível e a invisibilidade me oferecia vantagem estratégica contra as ameaças reais. Além disto, aprendi que era o medo que me preservava a vida, ao contrário da coragem, que me aproximava da morte.

Desde então, variavelmente, uso a luz para fugir da parte obscura da minha imaginação e uso a escuridão para me proteger dos inimigos. Preciso da luz para aparecer e me fazer notar pelos amigos, mas preciso da escuridão para me esconder da extinção. Quando apareço para os amigos me revelo aos inimigos. Quando me escondo dos hostis oponentes, então sumo para aqueles que me querem bem, de modo que não dá para aparecer o tempo todo e nem sumir permanentemente.

É na luz do dia e no campo aberto que arrisco a vida em busca do alimento que me mantém vivo, mas é na caverna sombria, cheia de morcegos, que me defendo, resguardando a minha vida.

A aflição deste pique-esconde vivencial dá origem a ansiedade e inquietação, perturbando-me o espírito e a alma, provocando em mim certa irritação de humor, fazendo com que eu alterne meus modos entre gentileza e agressividade. Ora sou cavalheiro, ora algoz. Digo meia dúzia de palavras bonitas para algumas pessoas e em outro momento estou ferindo o sentimento de alguém. A noite sou poeta, de dia sou gladiador. A noite escrevo estes textos, de dia vendo meus cursos.

Quando volto da noite sou alegre e afável, pareço um anjo, faço aproximar. Quando volto do dia grito, esperneio, firo com palavras, desprezo, esbravejo, vitupero, desdenho, rejeito, demito, faço caretas, assusto e faço temer. Tanto no claro quanto no escuro, aterrorizo, ponho para correr ou faço aproximar!

Há aqueles que temem o escuro, por não saber o que pode haver lá e ficam paralisados, não progridem porque não arriscam acender a lanterna das idéias. Porém, há aqueles que temem a luz dos holofotes e da atenção e não conseguem se expressar em público, rejeitam a promoção e não aceitam desafios. De forma que nosso maior problema não está no escuro ou na luz, mas no medo de ambos.

Vale à pena refletir nas palavras de Eleanor Roosevelt, quando diz: "Você ganha forças, coragem e confiança a cada experiência em que você enfrenta o medo. Você tem que fazer exatamente aquilo que acha que não consegue."

Quando pergunto a alguém sobre seus medos e quem é o anjo que a fascina ou o fantasma que a atormenta, ela diz: “você!”. Então, boquiaberto, descubro que o anjo e o monstro na minha cabeça e na cabeça do outro também pode ser eu! Meu Deus!


Prof. Chafic Jbeili
Psicanalista e Psicopedagogo
Diretor e editor Chafic.com.br - www.chafic.com.br
Diretor-executivo ABMP/DF - www.abmpdf.com
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domingo, 13 de dezembro de 2009

O poder da gratidão!


O poder da gratidão!
Prof. Chafic Jbeili - chafic.jbeili@gmail.com

Eu fico fascinado com expressões sutis de reconhecimento e gratidão que sempre vejo em cenas de novelas e filmes. Não precisa nem ser aquelas cenas em que um bombeiro herói salva a vida de alguma moça indefesa dentro de um prédio em chamas, mas eu me refiro àquelas cenas em que um simples abrir de porta é retribuído pela mocinha com um olhar mais fixo acompanhado de um leve sorriso, como quem diz “Puxa estranho! Muito obrigada por sua gentileza”.

Gostaria conhecer mais pessoas com esta capacidade de percepção e tão profundo nível de gratidão, a ponto de reconhecer a mais sutil das gentilezas. Fico pensando se tamanha sensibilidade existe em pessoas na vida real, pois na maior parte de nossas vidas dedicamos tempo, atenção e ações que sequer são percebidas, quanto mais agradecidas.

Tenho observado isto no sentido de identificar o nível de fineza e gratidão que as pessoas têm dispensado na rotina diária. Mas, não tenho encontrado tal percepção de amabilidade por parte das pessoas a quem ofereço alguma gentileza. Se tais gentilezas não são percebidas, certamente não serão reconhecidas. E como há de haver expressão de gratidão se não há reconhecimento daquilo que foi feito?

Para que haja gratidão é preciso que haja reconhecimento e para que haja reconhecimento é preciso que seja percebido aquilo que se fez, quer seja um gesto ou uma gentileza qualquer.

O fato é que nem sempre as pessoas estão atentas o suficiente ao que acontece em sua volta. As pessoas não percebem com facilidade o que as pessoas fazem para que ela seja favorecida de alguma forma e, então, não demonstram gratidão, de modo que o problema da gratidão não é algo relacionado à educação ou a falta dela tão somente, mas está relacionado com a falta de atenção que as pessoas dedicam às pequenas coisas. As mentes das pessoas estão agitadas demais para perceberem sutilezas.

Tenho feito algumas experiências no trânsito, no shopping, no banco e outros lugares públicos que frequento. Deixo um carro atravessar na minha frente; abro espaço para outro motorista mudar de faixa; seguro a porta do elevador para quem está entrando; apanho objetos que caem da mão de alguém; ofereço cobertura com meu guarda-chuva; apanho sapatinhos de bebês; enfim, estou sempre procurando uma situação em que eu possa oferecer algum favor ou gentileza para encontrar e registrar aquele olhar sutil de gratidão que vejo na TV e nos cinemas, mas até o presente momento não o encontrei. Aliás, a cada gentileza que ofereço as pessoas mal olham para mim, quanto mais agradecem. A sensação é que o outro pensa que eu não fiz mais do que a minha obrigação, ao invés de uma gentileza voluntária que justificasse um “obrigado!” ou pelo menos um olhar agradecido.

Mas o que esperar das pessoas estranhas, encontradas fortuitamente nas ruas, se nem mesmo na própria casa encontra-se palavras ou gestos de reconhecimento? Vive-se dez anos com uma pessoa, dedicando-se tempo, sacrificando-se vontades em favor da família, da casa, e nunca se escuta “muito obrigado!”, como se tudo o que se faz não passasse de mera obrigação, quase em tom de punição, por decorrência do matrimônio ou da paternidade.

O bom pastor dá a vida por suas ovelhas; o bom mestre empenha-se para que seus alunos sejam bem sucedidos; bons funcionários torcem pela empresa; mas o reconhecimento e a gratidão não aparecem. Cônjuges, filhos, patrões, parceiros de trabalho e as pessoas estranhas em geral estão por demais ocupadas para perceberem as gentilezas que recebem e, por isto, não podem demonstrar gratidão com tanta facilidade.

No meio de todas as pessoas, as crianças são aquelas que mais expressam sua gratidão. Um bilhetinho, uma flor, às vezes uma folha verde ou m galho seco; um desenho colorido ou um sorriso. As crianças são as pessoas que mais apresentam variedades de formas para dizer obrigado.

Minha filha de vez em quando embrulha algumas de minhas peças de roupas, minha carteira, as chaves do carro e então me dá de presente, acompanhado de um bilhetinho “pai eu te amo”, daí me abraça e diz: “muito obrigada pai!” Confesso que são os presentes mais significantes que tenho recebido ultimamente.

Os adolescentes e os jovens dizem: “valeu véi”, mas os adultos nem sequer tem me olhado nos olhos quando recebem alguma gentileza. Minha observação me diz que as pessoas parecem se tornar ingratas na medida em que crescem. Será que os adultos desaprendem a virtude da gratidão? Talvez por isto minha gentileza às crianças tenha sido mais estimulada e habitual do que aos adultos.

A história conta que Jesus curou dez leprosos e apenas um voltou para dizer obrigado. Talvez o mais grato também era o mais jovem deles. Será por isto que Jesus disse que o reino dos céus pertence às crianças? Eu creio que sim! Quanto mais eu convivo com adultos, mais eu admiro as crianças. Aprendo muito com elas.

Os adultos ocidentalizados estão ocupados demais para perceberem o que Deus, as outras pessoas e as crianças tem feito por eles. Não é a toa que o comércio de pet cresce extraordinariamente, pois a carência de reconhecimento e companhia faz dos animais uma recompensadora opção.

Contudo, o “muito obrigado” ideal é aquele voluntário, espontâneo. Diferente daquele opaco e desvalorizado “muito obrigado” que é proferido depois que você lembrou a alguém as razões de dizê-lo.

No aspecto espiritual, poucas virtudes têm maior poder sobre a lei da causa e efeito do que a virtude da gratidão. Neste sentido, a gratidão é algo que deve ser praticado, por várias vezes, ao longo do dia, todos os dias.

Comece o seu dia agradecendo a vida, o ar que respira, o bom tempo, o mal tempo, a grande idéia ou a falta dela; agradeça tudo o que tem e também aquilo que não tem; agradeça as coisas que gostaria de ter e aquelas que perdeu.

Agradeça por tudo e por todos; pelos amigos e pelos inimigos. Enfim agradeça, agradeça, agradeça, pois todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. O universo conspira a seu favor! Nada acontece por acaso e cada pessoa tem o necessário para conseguir o que precisa!

A gratidão é o termômetro de sua felicidade. Quanto mais gratidão demonstrar, mais feliz se sentirá.

Encerro esta reflexão com um poderoso pensamento da Jornalista e escritora Melody Beattie: "A gratidão desbloqueia a abundância da vida. Ela torna o que temos em suficiente, e mais, ela torna a negação em aceitação, caos em ordem, confusão em claridade. Ela pode transformar uma refeição em um banquete, uma casa em um lar, um estranho em um amigo. A gratidão dá sentido ao nosso passado, traz paz para o hoje, e cria uma visão para o amanhã."

Expresso a você toda minha gratidão!

Muito obrigado,

Chafic

 
Prof. Chafic Jbeili
Psicanalista e Psicopedagogo
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domingo, 6 de dezembro de 2009

Pilar 6 da QVT: O Constitucionalismo!



O sexto pilar da Qualidade de Vida no Trabalho: Constitucionalismo.
Chafic Jbeili – chafic@chafic.com.br

O constitucionalismo diz respeito à política adotada pela empresa para reger a vida de seus colaboradores. Em geral, esta política é refletida no conjunto de regras e normas pelas quais os dirigentes balizarão suas ações no sentido de garantir e preservar os direitos dos trabalhadores, tais como segurança, privacidade, salário, plano de carreira, liberdade de expressão, entre outros fatores que determinarão a cultura organizacional, inclusive programas de Qualidade de Vida no Trabalho.

Pode parecer óbvia a pertinência deste sexto pilar em uma organização; entretanto, pode-se contar nos dedos as empresas e instituições que realmente mantém tal política de forma bem elaborada e adequada às necessidades dos trabalhadores. As micro e pequenas empresas, por exemplo, que formam o maior volume quantitativo das firmas registradas no país, dificilmente sustentam projetos na área de Recursos Humanos e quando os têm, estes são informais e estão sujeitos ao humor do empresariado, possibilitando alterações a todo instante, sem aviso prévio e conforme a conveniência deles, resultando cotidianamente em violação de direitos.

O regime de escravidão no Brasil, teoricamente extinto há mais de um século, onde a ausência total de constitucionalismo era evidente, ainda é praticado nos dias de hoje. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (2006), cerca de 25.000 pessoas no Brasil, a maioria homens semi-analfabetos, com idade entre 25 e 40 anos ainda trabalham em condições escravagistas, com restrições de acesso a água potável, dormem ao relento, não recebem salário, sendo privados inclusive de um dos direitos constitucionais e fundamentais do cidadão: O direito de ir e vir.

Mesmo que a maioria dos trabalhadores no Brasil não esteja sujeita ao formato original do regime de escravidão, esta mesma maioria está de alguma forma sendo privada ou violada em seus direitos e conquistas contemporâneas. Tanto isto é verdade que o Brasil é campeão em ações trabalhistas. Segundo dados do sociólogo José Pastore, anualmente são registradas cerca de dois milhões de ações, divididas em reparação de danos materiais ou morais.

Apenas como comparação, nos Estados Unidos os processos trabalhistas não passam de 75 mil; na França este número cai para 70 mil; seguido do Japão, com apenas 2,5 mil processos por ano.

Entre os fatores que banalizam a legislação e fazem os processos trabalhistas cresceram no Brasil são: legislação atrasada, falhas nas cláusulas, artigos em desacordo com os costumes atuais e, principalmente, o fato de a maior parte das empresas não se interessarem em estabelecer sua política de gestão de recursos humanos, potencializando os desentendimentos entre patrões e empregados, fazendo avolumar as demandas judiciais.

A desigualdade entre homens e mulheres, desde o aspecto de ascensão profissional até a remuneração são evidentes, em especial nas organizações isentas de constitucionalismo formal. A mulher já provou que é bem mais competente, eficiente e eficaz em vários cargos e funções antes ocupados apenas por homens, mas seu acesso a cargos de chefia e liderança ainda sofrem preconceitos e quando conquistam tal espaço, sua remuneração fica aquém daquela paga a um colaborador do sexo masculino.

A falta de regras claras na gestão de recursos humanos em uma instituição também abre portas para a prática do assédio moral, a exemplo de profissionais que são privados de sua liberdade de expressão por meio de ameaças sublimares. As perseguições são constantes e o trabalhador precisa se submeter ao silêncio desencadeador do estresse laboral para não perder o emprego e, obviamente, sua renda, motivo de sobrevivência e manutenção de sua família.

Se você tem uma escola, empresa ou trabalha em uma organização que não pratica o constitucionalismo, ou seja, não possui clara e bem divulgada sua política de recursos humanos, em especial no que diz respeito às garantias mínimas das condições de trabalho dos colaboradores, sugiro que contrate especialista em RH para fazer uma avaliação e elaborar o projeto de seu empreendimento.

Ao estabelecer regras elementares de direito de proteção do trabalhador, garantir a liberdade de expressão, definir normas que afiançam o tratamento imparcial, você estará efetivando o sexto pilar da QVT: o constitucionalismo e, assim, empregando mais qualidade de vida no trabalho para seus colaboradores, evitando prejuízos futuros com ações trabalhistas, além de garantir mais produtividade enquanto o trabalhador estiver a serviço de sua organização.

Preservar os direitos fundamentais e constitucionais das pessoas que trabalham com você e defender seus direitos trabalhistas além de legal, no sentido de cumprir a Lei, é também prova de inteligência empresarial e competência gestora.

Ignorar o aspecto legal nas relações de trabalho é um erro grave, extremamente sério e preocupante, tanto no aspecto financeiro quanto no aspecto humanitário.

Abraços,

Chafic Jbeili
www.chafic.com.br

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Um ano dourado 2010: Saiba por quê!



Um ano dourado 2010!
Prof. Chafic Jbeili

Há várias razões pelas quais eu acredito que 2010 será um ano espetacular para o povo brasileiro!

A população mundial sofreu bastante com guerras e rumores de ataques terroristas, sem falar na quebra de grandes bancos e o fechamento de várias fábricas no setor automobilístico. Eventos climáticos de proporções catastróficas devastaram cidades inteiras nos Estados Unidos, na Ásia e nas filipinas. Estas tragédias causaram angústia nas pessoas e as deixaram assustadas, pensando na vida. Foi assim na primeira e na segunda guerra mundial. Logo após um cessar fogo, as pessoas valorizam muito mais a vida e passam a investir em bem estar próprio.

Pensando nesta angústia que o povo estrangeiro sofreu e na necessidade natural de compensá-la é que defendo minha previsão de um ano dourado para o Brasil. Toda angústia precisa ser compensada com prazer e satisfação de vida. Atualmente, poucos e raros países no mundo oferecem esta possibilidade com segurança e baixo custo. E é neste aspecto que o Brasil se coloca em vantagem em relação aos outros países.

O Brasil é hoje um dos poucos lugares em todo o mundo cuja economia está estabilizada e não sofre ameaças climáticas ou de terroristas. Sua geografia é belíssima e o clima atende a todos os gostos. Temos praias, campos e metrópoles que não perdem para nenhum outro país.

Com o advento da Copa do Mundo em 2010 e das Olimpíadas em 2014 o Brasil foi e está sendo amplamente divulgado em todo planeta, influenciando as escolhas das pessoas que assistem os noticiários e acompanham a mídia de forma geral.

Bem, a crise mundial passou e o mercado internacional está se recuperando. O Brasil, na minha perspectiva, terá o maior número de turistas estrangeiros já registrados nas últimas décadas. O turismo é uma das atividades mais significativas do mercado, pois movimenta empresas aéreas, hotéis, restaurantes e o comércio em geral, gerando emprego e renda em vários segmentos. Estima-se que um único turista pode demandar serviços de até 20 pessoas, movimentando toda a cadeia produtiva e de prestação de serviços.

No setor público o ritmo não será diferente. Como é ano eleitoral, nenhum candidato irá arriscar qualquer ação que contrarie o eleitorado. Pelo contrário! Parlamentares e governantes irão fomentar a valorização do servidor público em uma tentativa da recuperação da credibilidade política, haja vista a crise de corrupção deflagrada nos últimos anos e, mais especificamente nos últimos dias, no Distrito Federal.

O impacto do pré-sal na economia pública, a construção de novas usinas hidrelétricas e o investimento massivo em infra-estrutura em várias regiões do país, fomentarão investimentos cujas cifras jamais foram sequer cogitadas em todo a história do Brasil.

O número de vagas no setor público será ampliado em pouquíssimo tempo e novas oportunidades de carreira ou mudança de setor irão surgir para os servidores que estiverem preparados. Quem não está satisfeito com seu atual emprego poderá se preparar para mudar de função, departamento ou mesmo de Órgão. Os recém-formados interessados em seguir a trilha do serviço público terão muito mais oportunidades do que nos anos anteriores. É hora de tirar os livros e os sonhos da prateleira e retomar os estudos e seu projeto de vida!

Enfim, 2010 será o ano da colheita. O mundo devolverá ao Brasil tudo que lhe foi tirado ao longo do tempo. O povo brasileiro terá a oportunidade de viver nos próximos anos os melhores tempos da de sua vida.
Além do mais, Deus está do seu lado e no controle de todas as coisas e é por isto que eu sinto e digo que 2010 será um ano dourado!

Prof. Chafic Jbeili
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A essência e condição humanas.

A essência e condição humanas.
Prof. Chafic Jbeili

Sabe, às vezes fico pensando sobre a essência e condição humanas, no intuito de convencer-me de que as pessoas estão melhorando enquanto evoluem ao longo do tempo. Quero acreditar que a tecnologia e as facilidades modernas, bem como as políticas humanitárias e os avanços das ciências médicas, psicológicas e sociais têm tido significante importância na evolução dos homens. Eu preciso acreditar nisto, mais até do que provar que isto é verdade!

A medicina avança e as pessoas têm vivido cada vez mais e com melhor qualidade de vida. As doenças sérias estão sob algum controle e as epidemias são mais facilmente contidas. A biomedicina e a medicina genética rompem as fronteiras do DNA para prevenir doenças congênitas, imprimindo uma nova dimensão na cura e tratamento das enfermidades.

No âmbito espiritual, vejo a proliferação de igrejas e o aumento extraordinário de fiéis em busca de um estilo de vida diferenciado. O movimento de evangelistas em todas as religiões tem trilhado caminhos cada vez mais longínquos, levando doenças como gripe, mas também urbanidade, civilização e a Palavra e Deus a povos até então isolados e excluídos do restante do mundo.

O terceiro setor se expande e intensifica as ações sociais de causas humanísticas. Vários programas sociais e ambientais estão sendo desenvolvidos em todo o mundo. Desde a proteção dos direitos indígenas, passando pelo combate do tráfico de animais silvestres até adoção de árvores na Floresta Amazônica como meio de prevenir o desmatamento.

Artistas e famosos se mobilizam em campanhas internacionais. Angelina Jolie com seu projeto de ajuda humanitária na deslumbrante, mas mal explorada África. Al Gore viajou o mundo divulgando o premiado documentário sobre aquecimento global “Uma verdade inconveniente”. Outros tantos ilustres lançam camisetas, chinelos, fitinhas, perfumes e todo o tipo de produto com finalidade de ajuda comunitária focada em uma bandeira: combate ao câncer de mama, combate a AIDS, defesa da mulher, entre outros.

Dezenas de empresários perceberam que ter uma razão social não apenas como nome, mas como objetivo de suas empresas é um grande negócio, e então passaram a investir em programas sociais como diferencial competitivo. A consciência ecológica tem gerado demanda por novas profissões, desafiando o mercado de trabalho futuro na criação de produtos cada vez mais alinhando com a política da portabilidade, sem ferir a sustentabilidade.

Enquanto isto, o mundo vivencia uma explosão demográfica. A população mundial cresceu nos últimos 400 anos mais do que em toda a história do mundo. A linha de desenvolvimento se verticaliza e os números se alteram para mais, assustadoramente. O crescimento populacional é tão grande que especialistas prevêem escassez de água e alimento em pouco tempo, cerca de 100 anos para se instalar o caos se nada for feito agora.

Todo lugar que se pode ir, está sempre super lotado. Seja no trânsito, seja no supermercado, no salão, nos bancos, nos cartórios e até na padaria o que se vê são filas enormes e congestionamento de carros, carrinhos e pessoas. O que há pouco tempo podia-se fazer com 15 minutos, atualmente não se faz com menos de 30, 40 ou até uma hora, às vezes mais.

A alta população gera altas demandas por produtos e serviços. A demanda elevada faz aumentar os preços. Isto quer dizer que as coisas estarão cada vez mais caras e mais difíceis de adquirir. Esta verdade é encoberta pela facilidade do crediário que faz aproximar os bens às pessoas, mas as deixam endividadas e escravas do débito. O débito, por sua vez é o que garante os lucros e a sobrevivência das instituições financeiras. O débito é as correntes modernas que aprisionam os cidadãos em seus próprios desejos, tornando-o mais infeliz e inseguro, para gerar-lhe ansiedade e fazê-lo querer mais dinheiro para poder comprar mais, mas sem que ele perceba isto, é claro!

Enfim, não é necessário pesquisar muito para perceber que embora tenham surgido novas tecnologias, produtos e serviços, a essência e condição humana não evoluiu quase nada em termos qualitativos. Aprendemos a dominar o fogo e como esquentar o planeta, provocando a natureza que nos retribui furiosamente com seus tsunamis, tornados e terremotos cada vez mais intensos e freqüentes. Aprimoramos nossos carros e nossas armas.

Mudamos as coisas antigas e criamos outras novas sim, mas não conseguimos mudar as pessoas. Caim continua matando Abel; Édipo continua matando Laio; Hitler continua conquistando adeptos; muitas pessoas continuam clamando pela libertação de Bahabás em troca da crucificação de Cristo; César continua esbanjando seu poder político e o seu parlamento continua sustentando a corrupção, enquanto fingem fazer Leis em favor do povo. Tudo isto acontece bem debaixo do nariz da Justiça que continua de olhos vendados para o povo vendido.

Proporcionalmente, há mais penitenciárias hoje do que havia há 100 anos, muito mais do que havia há 500 anos. Isto quer dizer que o número de bandidos têm aumentado em relação a população, provando que toda evolução nos âmbitos industrial, político, das ciências médicas, psicológicas, sociais e religiosa não tem tido efeito significante sobre a mudança na essência e na condição humanas.

A tendência para o mal prevalece no coração e na mente dos homens, contra os próprios homens e seu habitat. A história prova que não há nada que possa ser industrialmente produzido ou politicamente estabelecido que faça mudar o cerne da índole humana. O mundo jaz no maligno!
A barulheira e a inquietação que o mundo vive e privilegia é, na verdade, a manifestação de um mecanismo do ego angustiado, ao qual Freud chamou de “fuga”. A neurose social atual que causa o presente mal estar na civilização é o desejo e tentativa de fugir de tudo aquilo que o próprio homem vem criando ao longo dos séculos.

Esta reflexão me faz lembrar a história dos cupins que para se manter vivos, decidiram comer a madeira do barco que os livrava de uma inundação. Na verdade, os cupins não detinham o poder sobre o próprio destino, mas podiam decidir como viveriam até que o destino os alcançasse. Uns cupins se esbaldavam comendo a porção dos outros, enquanto uns tentavam fazer aquela experiência o menos sofrível possível.

Assim somos nós, os humanos: nada do que possamos criar modificará o nosso destino, mas podemos mudar a forma como interagimos até que o nosso tempo chegue. Uns se esbaldam e dedicam-se tomar a porção que pertence a outrem, enquanto muitos dedicam sua vida na expectativa de tornar a experiência de seus semelhantes mais prazerosa, feliz e produtiva quanto for possível.

Prof. Chafic Jbeili
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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A expectativa dos pais revelada nos nomes dos filhos.

A expectativa dos pais revelada nos nomes dos filhos.
Prof. Chafic Jbeili – www.chafic.com.br

Os pais quando escolhem o nome de seus filhos, geralmente o escolhe com base em alguma expectativa ou desejo. Por isto é comum ver pessoas com nomes de reis e imperadores como Alexandre, Pedro, Artur. Nomes de santos também estão na lista dos mais preferidos, tais como Mateus, Lucas, Marcos, entre outros. Além da sonoridade forte e marcante, experimentada durante a escolha, cada nome escolhido traz consigo alguma esperança dos pais em relação ao filho.

Conheço outros nomes de pessoas que são junções dos nomes dos pais. Outros são homenagens ao patriarca ou matriarca da família. Tem também aqueles nomes que retratam uma circunstância, a exemplo de uma criança mostrada em noticiário recente que nasceu em situações adversas e foi batizada de Vitória, pois triunfou sobre uma ocasião desfavorável. De forma que cada nome escolhido quando não é uma homenagem declarada, em geral é notadamente uma declaração de expectativas dos pais.

Renato Russo cantou em sua música Pais e Filhos: “[...] meu filho vai ter nome de santo. Quero o nome mais bonito[...]”. Esta é uma verdade incontestável: Os pais querem sempre o nome mais bonito, diferente, exclusivo, de força e de coragem, pois este é o desejo dos pais aos filhos, ainda antes destes nascerem. Ao invés de dizer meu filho terá nome disto ou daquilo, cada pai e mãe deveriam dizer: vou me empenhar para que meu filho tenha tal e tal comportamento diante de sua família e diante da sociedade e, assim, ser um cidadão de bem, independentemente da sonoridade e procedência de seu nome.

 Uma vez escolhido o nome, não há fugir à responsabilidade parental. As expectativas que se depositam nos filhos é, invariavelmente, uma carga que os pais geram para si mesmos. O simples fato de escolher um nome de significado forte não garantirá que a expectativa seja realizada, cumprida. Os pais devem chamar para si o compromisso de fazer acontecer com os filhos aquilo que eles esperam deles. Se quiserem um filho com comportamento e atitudes de rei, santo ou pelo menos de bom cidadão, então haverão de dar boa educação e principalmente exemplos sólidos para que o filho seja conduzido no caminho daquela expectativa, e não apenas um nome forte.

Quantos jovens e adultos com nomes nobres estão nas cadeias? Quantos políticos com nomes de santos não estão envolvidos com corrupção e lavagem de dinheiro? Quantos bandidos com nomes de reis?
Se um pai ou uma mãe querem que seus filhos se tornem os mais dignos dos cidadãos, então precisarão oferecer muito mais do que um nome bonito, cheio de significantes; antes, será preciso que os pais estejam decididos, empenhados e bem informados sobre como eleger e desenvolver educação de base familiar capaz de conduzir seus filhos por caminhos bem sucedidos em todas as fases de sua vida. Da primeira infância até a vida adulta, cada pai e cada mãe têm a responsabilidade e o dever de zelar pelo cumprimento de suas expectativas nos filhos.

Não há pessoas de comportamento lapidado e atitudes grandiosas sem que tenha havido anteriormente uma lapidar e grandiosa educação familiar. Não há qualquer pessoa que não sofra influências, positivas ou negativas, de sua família, de sua escola, de sua igreja e da mídia a que presta atenção. Cada pessoa tem sim suas particularidades de personalidade, mas todos são influenciados de alguma forma e em alguma intensidade pelas outras pessoas com quem convive e interage durante toda sua vida. Como você (pai ou mãe) tem influenciado seus filhos?

Somos uma nação de pessoas com nomes de todas as origens e de todos os significados. Os cidadãos brasileiros, em sua maioria, têm nomes de gente importante, poderosa, guerreira, nobre e vitoriosa. Alguns de nós até se comportam assim. Porém, uma nação digna não se constrói apenas com belos nomes, mas com atitudes condizentes à nobreza implícita em cada nome e sobrenome que seus cidadãos carregam.
Se cada um buscar o significado de seu nome, tentando compreender as circunstâncias e as razões pelas quais este nome foi escolhido, buscando assim compreender a grandeza que o cerca, certamente poder-se-á perceber no convívio diário atitudes mais condizentes aos valores morais e éticos que tanto falta em nossa sociedade.

Suas atitudes e comportamento condizem com o significado do seu nome?  Reflita sobre o fato de que não é o nome que leva a pessoa a honra e ao sucesso, mas a pessoa de honra e sucesso é que leva seu nome às alturas. Ao invés de dizer “veja onde meu nome me levou!” diga: “Veja onde levei o meu nome!”.

Prof. Chafic Jbeili
Psicanalista e Psicopedagogo
Diretor e editor Chafic.com.br - www.chafic.com.br
Diretor-executivo ABMP/DF - www.abmpdf.com
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