Procure meus artigos por palavra-chave

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Caminhos para aprendizagem


Chafic Jbeili – www.chafic.com.br

Porque algumas pessoas aprendem mais rápido do que outras?
Porque algumas pessoas demonstram mais aptidão para aprendizagem?
Será que existe uma ponte entre as dificuldades e as facilidades da aprendizagem?
Será que há um caminho que pode ser trilhado por todos para alcançar o sucesso escolar ou acadêmico?
Eu digo que sim!

Em primeiro lugar é preciso desvencilhar-se da péssima tendência da comparação com o outro. A única comparação viável e aconselhável é com a própria pessoa em diferentes fases. Não se deve comparar Joãozinho com o Zezinho, mas o Joãozinho com ele mesmo e o Zezinho com ele mesmo. Aquela brincadeira do antes e depois em relação a si mesmo é muito bem vinda nesse caso, desde que haja disposição para avaliar construtivamente as causas que modificaram um estado anterior para um estado atual.

A comparação de qualquer natureza entre pessoas é uma tormenta tão perversa quanto imagino deva ser a própria condição do inferno.

Em segundo lugar é preciso observar as limitações irreversíveis que cada pessoa possui, entre elas, dificuldades ou debilidades nos órgãos do sentido que impedem a aprendizagem. Quanto às limitações variáveis, estas podem ser trabalhadas e as potencialidades ampliadas como é o caso da atenção e da memória, componentes essenciais para a compreensão e retenção de conteúdos essenciais ao aprender.

Em terceiro lugar é preciso compreender que o corpo é como uma máquina e precisa de combustível para funcionar. O combustível do corpo é o alimento. Alimentos ricos em fósforo, potássio, cálcio favorecem o funcionamento do cérebro e, por conseguinte a disposição para a aprendizagem. Crianças mal alimentadas e desnutridas dificilmente terão atenção e memória suficientes para compreender e reter qualquer conteúdo. O pouco do nutriente que lhe está disponível no corpo é para manter as funções primárias (coração, respiração etc) em funcionamento e, às vezes, mal consegue mantê-la em pé. Nota-se a disposição debilitada de crianças que já acordam cansadas e que pedem colo o tempo todo. Mal conseguem correr 20 metros e já estão exauridas. Não há energia sobrando para suprir de forma significativa as funções secundárias, tais como atenção e memória, por exemplo. Como poderão investir energia em aprendizagem?

Antes de lecionar qualquer conteúdo verifique se a pessoa está alimentada e descansada.

Em quarto lugar destaco o estado emocional. Crianças que vivem em ambientes com clima de medo e tensão possuem maior quantidade de adrenalina e cortisol no organismo. A adrenalina acelera o metabolismo do corpo para elevar a freqüência cardíaca e aumentar o fluxo sanguíneo nos músculos e, assim, deixar a pessoa preparada para fuga ou defesa. Esse processo gasta enorme quantidade de glicose e oxigênio, sendo que o cérebro desprovido destes dois componentes perde sua condição de consciência e racionalidade, operando por impulso e mantendo apenas o controle das funções primárias. Como poderão dispor de atenção concentrada na atividade de aprendizagem?

Antes de lecionar qualquer conteúdo, faça algum exercício de respiração com o aprendente e proceda alguma dinâmica de relaxação para que o cérebro retome seu estado de consciência e racionalidade.

Em quinto lugar, estando a criança alimentada e relaxada, utilize do lúdico para lecionar qualquer conteúdo, pois o componente emocional no processo ensino-aprendizagem é essencial para fixação de conteúdos significativos. Mesmo considerando as eventuais limitações que cada pessoa possui, aprenderá melhor e mais rápido aquele que estiver bem alimentado, com suas necessidades básicas saciadas, com baixos níveis de adrenalina e cortisol no organismo e que tenha a oportunidade de aprender brincando e brincar aprendendo.

Para aprender a pessoa precisa estar adequadamente alimentada, descansada, sem excesso de cortisol no organismo, sem excesso de adrenalina, protegida para errar à vontade e estimulada a manipular o conteúdo proposto de forma lúdica e divertida.

Para selar esse processo com parafina real e formar um ciclo vicioso produtivo ofereça reforço positivo ao comportamento esperado, elogiando os resultados (por mínimo que seja) e valorizando cada pequena conquista com demonstrações de afeto, carinho, reconhecimento e amor, muito amor! Estes são os caminhos para aprendizagem e não há quem resista, ainda que haja limites e limitações nas pessoas ou no fascinante processo ensino-aprendizagem.

visite também: www.chafic.com.br

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Homens não abandonam mulheres, meninos sim!



Chafic Jbeili – www.chafic.com.br

Pode até ser que um homem de verdade se desvencilhe ou troque de parceira, mas abandonar nunca, jamais. Se abandonou a parceira, das duas uma, ou porque ainda não é homem de verdade (resolvido, maduro) ou porque regrediu à menino novamente.

Estes dias estive refletindo estatisticamente sobre as principais causas das queixas de algumas mulheres que conheci em tempos passados, muitas delas tendo se aventurado a pedir meus singelos conselhos. Não lembro de nenhuma cuja dor e lamento não tenham sido causados pelo abandono – literal ou figurado – de algum homem de suas vidas: pai, namorado, amigo, irmão, marido e até patrão, acredita?

Pois é, todas estas mulheres guerreiras, exemplos de mãe, de amiga, de profissional se martirizam por causa de homens que na verdade só se pareciam com homens, mas em suas essências ainda eram meros meninos imaturos, caçadores de pipa, em busca de colo, afeto e sexo. Cabras machos, até que um prenúncio de que uma pipa cortada nos céus está por cair sem destino certo e os fazem revelar quem realmente são: o menino que se apresentava como homem, agora larga o colo, o afeto e até a casa e vai em busca de sua pipa (seja ela qual for), sem perceber o estrago que está deixando para trás. Só mesmo menino para trocar algo tão sublime quanto o amor e a dedicação de uma mulher por uma pipa que cai desvairada do céu. Acordem colegas!

Com o fortalecimento da mulher em seus papéis sociais e a ampliação de seu raio de ação perpassando os limites da casa, das empresas, das nações, a mulher ganhou destaque por sua sutileza e inteligência associadas à sensibilidade. Enquanto isto, os homens estão se sentindo menos úteis do que eram no tempo da força bruta. A direção hidráulica e outros avanços fenomenais da engenharia moderna, em especial a informática está exigindo mais inteligência e coordenação motora fina do que força bruta e repetição por esforço de bíceps. Até a Idade Média, o homem que provia alimento comestível, agora, no Século XXI precisa prover seus dependentes com alimento emocional e afetivo, principalmente.

Até pouco tempo os homens eram vistos como o defensor e o provedor de sua família. Chegaram a criar, inclusive, o “marido de aluguel” como medida paliativa para combater a escassez de maridões, mas claro que a idéia não vingaria, pois o que as mulheres precisam não é de um idiota uniformizado trocando a carrapeta da torneira da cozinha. Elas precisam de alguém com sensibilidade compatível à velocidade e volume de informações, pensamentos e sentimentos processados por suas cabeças pensantes. Elas precisam de provimento emocional, afetivo, mais do que qualquer coisa. A mulher, de modo geral, está menos dependente, mas nunca esteve tão carente emocionalmente.

A maior lacuna da mulher moderna pode ser preenchida pelo homem gentil, acolhedor, compreensível, sincero e que a faça sentir viva, querida, amada, desejada e, sobretudo, compreendida em suas incompreensões íntimas, legítimas. Infelizmente, o grau de maturidade masculina parece demorar chegar neste patamar de produtividade afetiva. Por onde andam os don juans, perguntam elas! Os don juans estão presos e amordaçados pelo machismo. A pressão social os impedem desatar seus nós com a mesma facilidade das mulheres.

O menino que habita o adulto imaturo parece gostar tanto de sua infância que procura arrastá-la o maior tempo possível. Basta comparar o tempo que a bola de futebol e o videogame duram na vida de um homem e o tempo que as panelinhas e bonecas duram na vida de uma mulher. Não há nada de errado em ser criança, o problema nos homens está na baixa resistência emocional que têm em encarar os desafios da vida adulta, em especial, a vida a dois ou em família. Ao menor aperto o mecanismo de defesa do ego masculino entra em ação e o faz regredir a estágios anteriores mais confortáveis, fazendo-o se comportar como menino e, então, o homenzarrão corre para a casa dos pais, isto quando ainda os possui, ou se refugia na companhia dos amigos para jogar futebol (brincar de bola) e “tomar umas” (mamar) para amenizar a angústia que sofre.

Eu lamento muito esta situação de muitos colegas congêneres, mas se ao invés de bancarem ser o homem maduro que ainda não são, poderiam desenvolver melhor esta capacidade de lidar com as mulheres, em todos os sentidos. Não foi à toa que Freud afirmou haver o homem três missões durante sua vida: resolver seu complexo de Édipo; resolver sua masculinidade; e, resolver sua sexualidade.

Não é fácil muito menos impossível, eu mesmo sei disto, porém quando se alcançam estas missões, certamente se alcançará a maturidade necessária para que o menino se cale diante do homem e não cometa a estupidez de abandonar uma mulher! Como disse: Se abandonou a parceira, das duas uma, ou porque ainda não é homem de verdade (resolvido, maduro) ou porque regrediu à menino novamente.

Abraços,

Chafic
Visite também: www.chafic.com.br

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O Homem do Cântaro!



Chafic Jbeili – www.chafic.com.br

Havia meses não chovia naquelas terras semiáridas do norte do Líbano.
Na climatologia, tais regiões recebem a classificação de clima mediterrânico, tipo C.
As chuvas ocorrem somente em dois ou no máximo quatro meses durante o ano.
Nos outros oito ou dez meses, o clima é quente e seco.

Apesar disto, um jovem ancião andava sempre com um cântaro sobre os seus ombros.
Ele percorria as ruas da cidade, de um lado para o outro e seu semblante era sempre alegre.
Seu humor era bom e estava sempre assobiando uma canção popular qualquer.
De vez em quando, o homem se silenciava e parecia estar falando com Deus.

As pessoas o achavam louco, pois sabiam que naquela região as chuvas tinham época certa e demorariam a chegar.
As crianças zombavam do homem, remedando-o pelas ruas, mas o jovem ancião nem ligava.
O cântaro estava sempre vazio, mas o homem não o abandonava nem um único momento.

Quando todos menos esperavam, surge numerosa caravana de beduínos, com dezenas de camelos carregados de tudo quanto se pode imaginar que alguém precise em uma viagem longa.

De repente o líder da caravana manda chamar o homem com o cântaro nos ombros e lhe pergunta:
- O que o senhor faz com este cântaro vazio nos ombros? Não vai chover tão cedo!
- Eu posso não saber o que faço com este cântaro em meus ombros, mas não posso ignorar a possibilidade de enchê-lo a qualquer momento, com qualquer coisa.
Contente com a sábia resposta, o líder beduíno ordena a seus súditos que tragam o camelo com barril abarrotado do mais nobre chá que se pode experimentar naquela região e mandou enchesse o cântaro do jovem ancião.

A caravana partiu e todos rodearam o homem do cântaro que começou a distribuir o delicioso chá.
Desde então, as pessoas andavam com um cântaro nos ombros e nunca mais o consideraram louco.

Moral da história:

Precisamos pensar como o homem do cântaro: Ao invés de olhar apenas para a realidade mais lógica (chuva só daqui a seis meses), é preciso acreditar também nas possibilidades remotas (a qualquer oportunidade eu encho meu cântaro). O jovem ancião manteve seu cântaro vazio sobre os ombros, pois acreditou que a qualquer momento, antes das chuvas, poderia encher o seu pote. E foi o que aconteceu!

Mantenha-se atenta e aberta para as possibilidades, pois nem sempre o que queremos ou precisamos vem de onde esperamos. Já que não se pode prever quando a chuva vem ou quando irá passar uma caravana de beduínos, a melhor opção é manter o cântaro vazio nos ombros, ou seja, se preparar e esperar a oportunidade surgir a qualquer momento!

Você está preparada para o que quer? O homem do cântaro estava!

Abraços,

Chafic
visite também: www.chafic.com.br

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Mudanças, às vezes dolorosas, porém necessárias.



Tema: Mércia Christiane Ferreira Lopes.
Texto: Chafic Jbeili

O tema muito bem sugerido pela colega Mércia, a meu entender, diz respeito aos desafios diários perante nossas escolhas, que têm o poder de provocar mudanças de condições e circunstâncias, como a agravante da possibilidade de dores emocionais. A responsabilidade e tensão aumentam na medida em que envolvem outras pessoas e sentimentos.

Ser responsável por uma mudança drástica pode doer bastante na alma quando há laços afetivos enraigados. Uma nova escolha sempre exige o rompimento de escolhas anteriores, as quais acreditávamos terem sido as melhores, até então.

Como se não bastassem as peripécias do ego para se virar com a angústia causada pela responsabilidade sobre nossas escolhas, ainda vem os sentimentos de medo e culpa produzirem, consequentemente, ansiedade. As mãos suam, o coração bate mais forte, a tensão aumenta e ficamos mais sensíveis às críticas. Não temos mais tanta certeza se fizemos o que era certo, pois a sensação é de que se tivéssemos acertado nas escolhas anteriores, talvez não precisássemos passar por novas escolhas.

Neste ponto a autoestima fica abalada em seus pilares. O mal estar é intenso e muitas vezes duradouro. Talvez nunca saibamos qual teria sido a melhor escolha ou quais mudanças teriam menos impacto na alma e na vida das pessoas envolvidas se, porventura, tivéssemos tomado decisão diferente daquela que optamos. Que agonia heim!

Pois bem, todos os dias fazemos escolhas e provocamos mudanças - das mais sutis às mais complexas - nas coisas, no ambiente e nas pessoas. Já que as inevitáveis escolhas são necessárias para que a roda da vida continue girando e, considerando que as mudanças provocadas são imprevisíveis, o melhor caminho é buscar a serenidade e o conselho para tomar decisões com a convicção de que, naquele momento, foi a melhor. O mundo gira e a fila tem que andar!

A mente tranqüila e serena, reforçada por eventual conselho de pessoas mais experientes, sempre tem melhores condições de assertividade do que a mente inquieta e sem apoio.

De acordo com especialistas, ao fazer escolhas que envolvam dinheiro ou bens materiais, o melhor é deixar prevalecer a razão. Quando as escolhas envolverem pessoas, sentimentos e emoções, o melhor é que predomine o amor. De qualquer forma, o equilíbrio entre racionalidade e amor deve dar o tom da sua escolha.

Contudo, a sabedoria milenar assevera que as escolhas devem ser feitas com amor e tranqüilidade, sabendo que pode até não ter sido a mais perfeita, mas com certeza foi a mais consciente e melhor intencionada de todas as escolhas que poderia ter optado. Seja lá qual for sua decisão, não a procrastine, exceto se perceber resquícios de raiva, ódio ou vingança. Nenhuma decisão tomada com um destes três elementos envolvidos pode ser produtiva, inclusive para você. Se errar, erre por causa de suas virtudes, não por causa de suas vicissitudes.

Por complementação, leia o texto intitulado “O fantástico poder da escolha”, publicado em Junho de 2008 no meu blog pessoal: http://chaficjbeili.blogspot.com

Abraços fraternos,

Chafic Jbeili
www.chafic.com.br

Como permanecer casada para sempre!



Chafic Jbeili – www.chafic.com.br

Zezé di Camargo brincou em público dizendo que “casamento deveria ter prazo de validade” e sugeriu dez anos. Evocando a teoria da relatividade, Vinícius de Moraes cantou sobre o amor: “Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure...”.

Em primeiro lugar, quero dizer que não é qualquer relacionamento que se pode desejar manter para sempre. É preciso que tanto a situação quanto a pessoa devam ser realmente especiais ou pelo menos suportáveis, em um estado mínimo de harmonia, do contrário não valerá a pena eternizá-los, não é mesmo? Quem quer viver para sempre em uma situação de desrespeito e violência? Este é o limite máximo para o ponto de ruptura. Se não há abuso psicológico ou violência física, então há esperança para promover e ampliar a harmonia! O resto a gente dá um jeito e a primeira providência é fazer as pazes com o fator mudança e investir nas expectativas.

Aceite as mudanças para que haja expectativa de convivência consensual. O que esperava acontecesse com o príncipe que você conheceu e fez juras de amor eterno? Ele não é o mesmo e você também não é. Vocês mudaram! Estas mudanças, em geral, é que fazem os relacionamentos desandarem, pois as pessoas estão sempre dizendo “você não é mais o mesmo...” e perguntam: “Cadê aquela pessoa maravilhosa que eu conheci há tantos anos atrás?”. Era só tipo? A gatinha virou baleia, e o cavalheiro agora é um grosso estúpido e insensível?

Acontece que as pessoas mudam o tempo todo. Umas para melhor, outras para pior, mas ninguém permanece do mesmo tamanho, com o mesmo peso, aparência ou comportamento sempre. Algumas pessoas mudam mais em determinadas áreas da vida, outras menos. Há ainda aquelas que mudaram para pior e ficaram estagnadas a espera de sei lá o quê. Contudo, a verdade é que nem todo mundo permanece do mesmo jeitinho sempre e, como bem disse o filósofo Grego Heráclito: “A única constante na vida é a mudança”.

Não exija de si, nem de seu parceiro a permanência ou retorno a um estado ideal anterior, pois se isto é impossível aos mortos, imagine para os que estão vivos e pulsantes, com o sangue correndo pelas veias? Também não exija ou espere mudanças abruptas e instantâneas. Ainda não inventaram o homem-miojo, que fica pronto em três minutos! Cada um tem o seu ritmo idiossincrático.

Procure não se estressar por causa das inevitáveis mudanças, pois esta realidade com cara de problema, se reciclada com um pouquinho de sua habilidade feminina pode revolucionar seu casamento! É preciso fazer com o relacionamento mais ou menos como se faz para reaproveitar o arroz velho de ontem que virou o delicioso bolinho de hoje! Nova forma, novo tempero, nova textura! Ou quem sabe como aquela calça jeans desbotada e ultrapassada que depois de algumas manobras vira a jaqueta da hora!

Vai por mim, não tente mudar as pessoas, mas os momentos que vive com elas. Não há homem que resista ao charme de uma mulher criativa, compassiva e romântica. Esta habilidade nas mulheres de conseguir transformar coisas velhas e ultrapassadas em coisas novas e atraentes pode ser o caminho!

Renovação é a palavra chave aqui. Renovar não apenas as juras de amor ou a lua de mel; as roupas interiores; os locais que freqüentam juntos; mas, mudar de casa ou pelo menos os móveis da casa, mesmo que apenas de lugar se não puder comprar novos; renove (quase) tudo como faria se tivesse terminado o relacionamento e começado uma nova vida.

Desfaça das coisas sem maior importância e adquira coisas novas como se tivesse acabado de casar novamente e viva novos momentos. Faça as mesmas coisas de formas diferentes! Talvez este seja o segredo de se permanecer casada para sempre, sem os inconvenientes da mesmice cotidiana. Com raríssimas exceções e alguns casos bem especiais em que a separação é inevitável e até necessária, na maioria das vezes mudar de parceiro é variar de enigma. Também não é bom que fique só. A solidão é comprovadamente degenerativa.

Considere recomeçar novos momentos com o mesmo parceiro! Pense nisto! Seus filhos ou quem sabe até netos, adorarão assistir o seu (re)casamento ao vivo e freqüentar uma nova casa. Programe uma nova cerimônia de renovação dos votos. Faça isto a cada um, cinco ou dez anos, mas faça sempre, pois como seres humanos a renovação é prerrogativa de vida.

Para permanecer casada para sempre é preciso renovar o relacionamento o tempo todo. Retirar as acusações e cobranças. Injetar o que cada um precisa do outro. A mulher oferecer reconhecimento naquilo que o homem tem feito (mesmo que no momento seja insuficiente) e o homem injetar segurança e proteção para a mulher (mesmo que ela não precise). Não há nada que subsista em bom estado sem manutenção e renovação constantes. Do corpo às máquinas, das casas à natureza, tudo precisa ser renovado em ritmos e tempos particulares.

É a constante renovação das células, dos óvulos, das idéias, do esmalte, da escovinha, dos projetos de vida, do conhecimento, do jeitinho de falar e agir, entre outras fantásticas e infinitas particularidades da vida feminina que podem assegurar ou comprometer a longevidade dos relacionamentos. Não que a mulher seja a única responsável pela duração do casamento, longe disto, mas tenho razões para crer que a renovação da mulher provoca a renovação nos homens e da sociedade de modo geral. Alguém precisa chamar esta responsabilidade para si. E se o outro não faz ou não compartilha, então que seja você a primeira a dar um passo em busca daquilo que acredita e deseja para sua vida.

70% dos divórcios são pedidos pelas mulheres. As indústrias imobiliária, automobilística, estética, educacional e outras tantas, além do setor público judiciário já descobriram a interferência das mulheres na decisão familiar. Os milenares escritos sagrados defendem há séculos: A mulher é o baluarte (coluna de sustentação) do homem! Você ainda duvida da genuína força nas mulheres?

Separei outros dois textos interessantes sobre relacionamentos na sessão downloads em meu site www.chafic.com.br: 20 conselhos para um casamento feliz e o outro artigo é um famoso texto publicado na Revista Veja em 2005, intitulado “O Segredo do Casamento” de autoria do consultor por Harvard e articulista da Revista Veja, Stephen Kanitz. Vale a pena conferir!

visite também: www.chafic.com.br

A Jóia de Nossas Vidas!


Chafic Jbeili - www.chafic.com.br

Eu considero a mulher o ser humano mais fascinante que existe dentre todas as espécies.

Nós homens nascemos de uma mulher, somos cuidados na maior parte do tempo por uma mulher; na educação infantil somos instruídos (sobre tudo o que precisamos saber pelo resto da vida) por uma mulher; crescemos e nos apaixonamos por uma mulher, nos casamos com ela e fazemos de tudo para conquistar-lhe a admiração pelos nossos feitos.

Segundo a Bíblia, depois que Deus criou a luz, o céu, fez divisão entre terra e oceano, criou os animais, as plantas, as aves e, por penúltimo o homem, percebeu Deus que nada do que havia criado seria suficientemente capaz de fazer o homem se sentir feliz, completo e realizado, nem mesmo a sua presença. Faltava o toque da graça em toda Sua criação! Foi então que Deus teve a magnífica idéia de criar a mulher, para que o homem, apesar de estar no paraíso perfeito e na sublime companhia de Deus, mesmo com tudo isto, não se sentisse só e infeliz!

Os evolucionistas que me perdoem o teor criacionista de minha reflexão, ainda mais às vésperas dos 200 anos de Darwin, mas pensem comigo:

Não é porque sou homem e heterosexual que afirmo ser a mulher o ser mais fascinante que existe no mundo, mas porque acredito que a humanidade e o planeta Terra, não tivessem ao menos uma única mulher, seriam como o céu sem estrelas; o mar sem as marés; a lua sem suas fases; a internet sem computadores; um jardim palaciano sem flores... Tudo seria um nada, um vazio inóspito e sem graça, sem movimento e sem qualquer novidade. Um lugar que por mais perfeito que fosse ainda assim, sem a mulher, seria capaz de fazer-nos sentir infeliz, incompleto!

A mulher é o remédio homeopático mais poderoso e totalmente sem contra-indicações para todos os males do homem, inclusive a solidão. Isto é tão verdadeiro que não há nada que substitua uma mulher na vida de um homem, a não ser uma outra mulher!

Eu sou fascinado pelas mulheres de todas as raças, de todas as cores, de todos biotipos, de todas as culturas. Das mais pobres às mais ricas, das mais famosas às mais incógnitas. Das mais caladas às mais falantes. Das mais leigas às mais instruídas.

Nada me machuca mais do que ver uma mulher que não gosta de si mesma; que não se arruma; que não tenha um ritual de vaidade, por mais breve que seja. Nada me machuca mais do que pensar uma mulher que não se apronta e não ajeita o cabelo, nem que seja para dormir!

Esta declaração não é sublimação de perversão, pois se fosse não teria deixado passar dos limites do divã que frequento, posso lhe garantir!

Esta declaração é uma homenagem consciente à minha mãe, à minha esposa, às minhas filhas, à minha irmã, às minhas cunhadas, às minhas ex-chefes, às minhas ex-namoradas, às minhas alunas, às minhas amigas, colegas e à você também; ou porque é mulher, ou porque compartilha comigo a mesma opinião. Tanto faz!

É uma homenagem a todas mulheres da minha vida porque me fizeram admirá-las pelo esforço diário em me fazer feliz e me orientar a ser o aluno, o professor, o pai, o filho, o irmão e o marido que sou hoje.

Por isto, não pense em você mesma como gorda, magra, feia, desajeitada, estriada, flácida, cicatrizada, siliconada ou imperfeita. Ao contrário, pense que não fosse você, ainda que um homem estivesse no mais perfeito paraíso, conversando todos os dias cara a cara com Deus, ainda assim ele - o homem - se sentiria só, incompleto e infeliz (como pode?).

Por você mulher, homens de verdade constroem castelos; destroem cidades; conquistam reinos; trabalham dois, três turnos; roubam rosas; largam suas famílias de origem; constroem todos os tipos de monumentos, reais ou imaginários.

Por uma mulher, o imperador da Índia Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa, Aryumand Banu Begam, o Taj Mahal. Jahan chamava sua esposa de 'A Jóia de meu Palácio'.

Quando nós homens, seja lá em qual papel for, fazemos estrepolias para chamar sua atenção e consquistar seu coração é como se estivéssemos chamando-a: 'A Jóia da minha vida', porque é isto que vocês são! A jóia de nossas vidas!

Você mulher é o toque da Graça; a pitada de mestre com que Deus sabiamente temperou o mundo e a humanidade, depois de tê-lo criado com rios, serras, cachoeiras e toda beleza que conhecemos nas fotos e na TV.

Para o homem, nada nunca será o bastante sem a presença de uma mulher. Nem mesmo o paraíso ou a companhia de Deus!

Eu ainda vou escrever algo mais substancial sobre as mulheres. Isto foi só um mero devaneio, uma espécie de ensaio de tudo aquilo que penso sobre vocês, compartilhado nesta reflexão do dia!

Eu não sei onde irá ou com quem irá estar neste final de semana, mas apronte-se como 'A Jóia de nossas vidas' e tenha um excelente final de semana!

Chafic Jbeili
www.chafic.com.br

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Em que mundo você quer viver os seus dias aqui na Terra?


Chafic Jbeili – www.chafic.com.br

Eu andava bem desiludido, triste, cabisbaixo, sem perspectivas e bastante amedrontado com a humanidade no mundo em que eu vivia até pouco tempo atrás aqui na Terra. Este mundo é habitado por traficantes sanguinários, políticos corruptos, autoridades pedófilas, policiais bandidos e reitores usurpadores, mestres oportunistas de professores que cometem toda sorte de assassinatos pedagógicos, seja por imperícia, negligência ou imprudência; gente, entre outros animais racionais, que gozam indevidamente a alcunha de seres humanos e cuja maior ambição é o próprio bem.

Neste mundo desolador, os lobos mostram suas caras confiantes na impunidade, enquanto outros lobos aprendizes se disfarçam de ovelhas. Lá habitam pomposos ex-governantes com sentimento de missão cumprida, pois suas lutas em favor do povo terminaram com os respectivos mandatos. Mundo este, onde também habitam pitbulls que estraçalham pessoas donas de outros pitbulls treinados para atacar os inimigos de seus donos, pois lá prevalecem os mais fortes e os mais espertos!

Foi então que resolvi mudar para um outro mundo, cheio de exemplos para me inspirar e recobrar a confiança em meus semelhantes e até em mim mesmo, enquanto pessoa.

Neste novo mundo eu me encontro motivado, inspirado, otimista, cheio de planos e de perspectivas para o futuro, pois me orgulho saber que piso o mesmo solo por anda o Chelsey, aquele piloto americano que percorreu o avião duas vezes antes de ser o último a abandonar a aeronave no Lago Hudson. Bravo herói que ao invés de boicotar aeroportos e colocar passageiros como reféns para reivindicar melhores salários, optou montar uma empresa de segurança aérea e agora a vida lhe deu a oportunidade de mostrar que é o melhor em sua profissão.

Neste novo mundo inspirador, também pisa o Antônio Conceição, aquele cobrador-educador daqui de Brasília, que montou uma biblioteca itinerante dentro do ônibus onde dá expediente e empresta livros de graça a quantos quiserem, sem exigir nada em troca, nem mesmo a devolução do próprio livro que empresta. Este mundo onde resolvi viver também habita o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, cuja missão não terminou com o mandato de vice, nem com a mal sucedida candidatura a presidente, concorrendo com Bush. Al se engajou na luta pela “Verdade Inconveniente” sobre o aquecimento global, tendo conquistado o prêmio Nobel da paz em 2007.

É neste mundo que estou vivendo! Onde houve e ainda há habitantes ilustres, dos quais podemos ser testemunhas do esforço humanista, a exemplo de Freud, Jung, Ayrton Senna, Paulo Freire, Rubem Alves, Madre Tereza, Cora Coralina, Içamy Tiba, Augusto Cury, o piloto Chelsey e o cobrador Antônio Conceição, entre outros milhares de seres humanos de verdade, cuja maior ambição foi ou ainda é o bem do próximo. Mundo este, onde também habitou o George, um cachorro da raça jack russel, de apenas nove anos que bravamente lutou contra dois pitbulls para salvar a vida de cinco crianças que saíram ilesas do episódio, não fosse pela coragem deste cão herói, morto pela gravidade dos ferimentos.

Eu sei que os dois mundos estão no mesmo Planeta, infelizmente, mas quando leio jornais, revistas ou o noticiário da TV, seleciono as notícias sobre as pessoas do mundo em que escolhi viver e assim busco me inspirar para crescer e ser pelo menos a sombra de qualquer um deles, pois prefiro ser o menor do lado de cá, do que ser o maior do lado de lá! Foi assim que mudei de mundo e hoje vivo bem mais inspirado e otimista do que antes.

Se viver lá, ficará cego para as pessoas de cá e acabará esquecendo quem você realmente é. Mas, se viver aqui terá forças para tolerar as pessoas de lá, porque poderá, em cada oportunidade, ser também inspiração para alguém.

E você, em que mundo quer viver os seus dias?

Abraços,

Chafic Jbeili
visite também: www.chafic.com.br

O presente que não se rasga a embalagem!


Chafic Jbeili - www.chafic.com.br

Este foi o primeiro Natal em 39 anos de minha vida que não ganhei um presente daqueles que a gente rasga o papel enfeitado. Não sei se esqueceram de mim ou se eu fiquei chato demais para poder fazer com que alguém sentisse vontade de me presentear... talvez seja a crise no mercado imobiliário internacional, sei lá! Não gostaria acreditar que papai Noel não se importa mais comigo.

Bem, foi com este pensamento que me levantei na manhã do dia 25 e não vi nada para com meu nome debaixo daquela cintilante e debochada árvore de natal. Decepcionado e sentindo como um menino esquecido por papai Noel, liguei a televisão e me assentei no sofá da sala como quem tenta voltar para a realidade adulta. Em formação reativa pensei: Que bobagem a minha, presentes de natal é coisa de menino, quem liga para isto?

Na TV passava alguns flashes de reportagens sobre inundações, desabrigados, pessoas perdidas, brigas em família, comemorações etc... Foi quando um sorriso me veio aos lábios e eu agradeci em silêncio: Deus, obrigado, pois minha casa está seca e aquecida, a geladeira abarrotada de comidas natalinas e frutas de todos os tamanhos e cores, as pessoas que amo estão bem confortáveis em seus aposentos e uma caixa de bombons Garoto transborda em minha mesa de café da manhã... Na noite anterior eu havia comido minhas duas sobremesas prediletas: Manjar de côco e pavê de amendoim...

Lembrei que há muitíssimo mais para eu agradecer do que pedir, pois dia a dia Deus nos agracia com presentes que não se rasgam as embalagens, mas que podemos vivenciá-los sutilmente. Enquanto falava com Deus, uma história de Fred Lloyd (O vôo dos gansos) me veio à mente. Se tiver com tempo e paciência, leia a seguir:

Dizia Fred em sua história:

Ontem observei uma enorme revoada de gansos batendo asas em direção ao sul com um pôr-do-sol panorâmico que coloria todo o céu durante alguns momentos.

Vi-os enquanto me apoiava contra a estátua do leão em frente ao Instituto de Artes de Chicago, onde eu estava observando as pessoas que faziam compras de Natal andando apressadas pela Avenida Michigan.

Quando baixei o olhar percebi que uma moradora de rua, parada a alguns metros de distância, também estivera observando os gansos. Nossos olhos se encontraram e nós sorrimos - reconhecendo silenciosamente o fato de que havíamos partilhado uma visão magnífica, um símbolo do misterioso esforço de sobrevivência.

Ouvi a senhora falar para si mesma enquanto se afastava desajeitadamente: Suas palavras "Deus me estraga com mimos", eram espantosas.

Será que a senhora, essa pária das ruas, estaria brincando? Não. Acredito que a visão dos gansos tenha quebrado, mesmo que por um breve momento, a dura realidade de sua própria luta. Percebi mais tarde que momentos como aquele a mantinham viva: era a forma através da qual ela sobrevivia à indignidade das ruas. Seu sorriso era real.

A visão dos gansos era seu presente de Natal. Era a prova de que Deus existia. Era tudo o que ela precisava. Eu a invejo. (Fred Lloyd Cochran).

E você? Quais os presentes que não se rasgam as embalagens que você tem ganhado?

Abraços fraternos,

Chafic Jbeili
visite também: www.chafic.com.br

Psicopedagogia e desestrutura sócio-familiar


Chafic Jbeili – www.chafic.com.br

Escrever sobre este tema foi mesmo desafiador. Vasculhei várias épocas da história e revirei algumas pesquisas que realizei anos atrás sobre algumas tradições culturais. Fiz uma revisão nos fundamentos do espírito democrático enfatizado na tese político-social do Barão de Montesquieu, por meio de sua obra “O espírito das leis”, pois suas idéias inspiraram a Revolução Francesa fazendo prevalecer em quase todos os sistemas governamentais os princípios do Estado de Direito Democrático.

Por incrível que pareça a mudança de Monarquia e Imperialismo para Democracia impactou as formas de governo das famílias na idade média e, desde então, o “Chefe” de família perdeu sua soberania patriarcal para o sistema de gestão familiar compartilhada, seguindo o novo modelo de governo de sua pátria.

No Estado Democrático, o poder foi dividido em três: executivo, legislativo e judiciário. Nas famílias também: Pai, mãe e filhos agora compartilham poderes e direitos iguais. Embora mais justo e ideal, a tripartição tanto do poder estatal quanto do poder familiar não deixa de ter seus efeitos colaterais, ainda mais quando há sobreposição de funções e papéis, como nos casos de famílias monoparentais.

Pelo menos agora há mais pessoas em quem colocar a culpa quando algo sai errado no Governo ou na família. Há mais possibilidades de justificativas quando governantes e pais não querem assumir responsabilidades, transferindo-as aos membros do próprio Governo ou da própria família e, variavelmente, até para os professores e sistema educacional.

Enfim, vários foram os fatores que ao longo da história abalaram e até os dias atuais continuam abalando as estruturas familiares. Desde mudanças climáticas, guerras, transição de governos, recessões, separações, disputas por terras e heranças, mortes, álcool, drogas, doenças, miséria, religião, bancarrota, modismos e até mesmo disparidades culturais entre cônjuges causaram e ainda causam, de alguma forma, impacto negativo na estrutura das famílias; de modo que não há como proteger cabalmente qualquer grupo familiar, nem eximí-lo de sofrer ataques do que quer que seja.

Por alguns instantes, no calor da reflexão, cheguei a pensar que a família estaria entrando em extinção. Mas não é bem isto! Na verdade, a família está sofrendo um processo de metamorfose e em algum momento se estabilizará em seus novos e variados formatos. Enquanto isto, não se pode exigir da família o que não se exigiria de uma criança em processo de desenvolvimento. Não se pode impedir mudanças, transformações, transmutações da célua familiar. A natureza humana sempre encontra um meio de se organizar no meio da bagunça, de forma que a vida é uma alternância entre caos e ordem.

Mas o que fazer com as crianças com dificuldades de aprendizagem e professores com dificuldades de ensinagem, enquanto estatísticas apontam a desestrutura familiar como principal causa do fracasso escolar?

Certa vez uma criança brincava na sala com seu quebra-cabeça geográfico. Ela já havia montado e desmontado várias vezes aquele brinquedo, cujo tema era o nosso lindo e grande planeta azul, girando suave no infinito Universo.

O pai, em seu dia de folga, se ofereceu para brincar com a criança e começou a encaixar as peças em processo contínuo de tentativa e erro. Depois de alguns momentos, o pai diz para o filho que parecia haver peças faltando. Foi quando a criança pegou as peças, virou uma a uma e em menos de um minuto montou todo o quebra cabeça, pelo verso. Desvirou tudo com cuidado e lá estava o Planeta Terra, perfeita e extraordinariamente montado. Boquiaberto, o pai pergunta ao filho como ele havia conseguido realizar aquela proeza, e o menino respondeu:

- Pai, é muito fácil! No verso tem a figura de um homem. Arrume primeiro o homem do lado de cá que o planeta se ajeitará automaticamente do lado de lá. Fantástico! Porque não havia pensado nisto antes?

Da história do quebra-cabeça podemos tirar pelo menos uma lição primordial sobre o papel do psicopedagogo no contexto da desestrutura familiar:

Devemos nos ocupar em “arrumar” o homem, a criança, o ser aprendente que nos chega para avaliações, antes de almejar inócuamente reestruturar sua família. Mesmo porque psicopedagogo não é terapeuta de família e, portanto, deve se limitar a orientar pais e responsáveis aos procedimentos necessários para potencializar e reforçar processos ensino-aprendizagem. Identificada necessidade de intervenção em outras especialidades, proceda encaminhamento a tantos profissionais quanto forem necessários, mantendo sempre o coração e a mente tranqüilos de que está fazendo o que é certo e adequado para a saúde de seu cliente.

Que outras lições você pode tirar da história?

Sabe-se que o psicopedagogo é o profissional multidisciplinar que diagnostica e intervém nas dificuldades e nas facilidades de aprendizagem ou ensinagem. Atua no campo clínico diretamente com pessoas detentoras de alguma queixa correlacionada ao processo ensino-aprendizagem; atua também junto às organizações no âmbito institucional. A psicopedagogia é a ciência da profilaxia e deve trabalhar preventivamente, antes que seja necessário intervir.

Na ótica da psicopedagogia institucional, o psicopedagogo precisa ser adepto da visão sistêmica e cuidar para que o contexto ensino-aprendizagem esteja carregado de valores e crenças que fortalecerão educandos, enquanto pessoas, e os prepararão para fortalecer suas famílias atuais e, principalmente, aquelas células familiares que eles irão formar ou integrar no futuro. A família é o reflexo de seus membros! Membros saudáveis, família saudável. Promova ações educacionais na escola que valorizam a família, as virtudes e o respeito mútuo.

À Educação também compete formar a pessoa para o exercício da cidadania, logo a Escola não pode se eximir da responsabilidade em lecionar valores sociais e isto não quer dizer que estará assumindo papéis que são prerrogativas de pais e mães. Aproveite toda oportunidade que tiver para transmitir valores morais e cívicos. Alguém alertou: "Eduque as crianças para que não seja preciso punir os homens". Eduque as crianças para que no futuro haja menos familias desestruturadas.

Não deixe falar mal de casamento, de igreja, de homens e mulheres. Por pior que eventualmente tenham sido suas experiências, estas instituições ainda permeiam nosso inconsciente coletivo e têem impacto direto sobre a qualidade da estrutura familiar.

Enquanto educadores e educacionistas que somos, defendemos a tese de que somente a Educação pode mudar a condição social do homem e transformá-lo em uma pessoa melhor preparada para a vida, mas o que estamos fazendo para provocar esta transformação? Lecionando disciplinas curriculares isentas de teor moral, sob a desculpa de que este é o papel da família? Formamos exímios pedagogos, matemáticos, engenheiros, advogados, médicos, psicopedagogos, mas esquecemos o cidadão, a pessoa que vem antes do pedagogo, do matemático, do engenheiro, do advogado, do médico, do policial, do político...

Cada educando passa em média 14 anos de sua vida em instituições escolares e acadêmicas. Assim, cada educador e cada psicopedagogo, entre outros tantos profissionais que estão na Área da Educação lidando com aprendentes oriundos de todos os tipos de famílias, devem primar por incluir valores morais em suas ações didáticas, pedagógicas ou interventivas.

Se crianças estão crescendo sem referências adequadas em suas células familiares desestruturadas, que não seja a Escola, nem professores que as privarão de tais referenciais, tão imprescindíveis para a estruturação e formação do cidadão de bem e, por conseguinte, das famílias adequadamente estruturadas e preparadas para influenciar positivamente seus membros.

visite também: www.chafic.com.br

A genuína força nas mulheres

Chafic Jbeili - www.chafic.com.br

É incrível como as mulheres superam suas dificuldades e desafios de forma mais engendrada, silenciosa, produtiva, eficaz e duradoura do que os homens. E olha que não sou feminista nem machista, sou realista!

Há algum tempo eu ouvi dizer que nenhum homem suportaria vivo a dor de um parto. Esta afirmação me deixou curioso e fui pesquisar um pouco mais sobre a extraordinária força que há nas mulheres. Descobri muitas coisas interessantes que só me deixaram ainda mais fascinado por elas.

Eu já sabia que as mulheres têm mais neurônios do que os homens e talvez isto explique algumas coisas fantásticas no gênero feminino como, por exemplo, sua inteligência social, o sexto sentido, a sensibilidade aflorada e a grandeza humana, muitas vezes tão pouco explorados pelas mais jovens.

Eu li que se o mundo fosse governado por mulheres talvez não houvesse guerra, pois uma mulher não mandaria seus filhos para o campo de batalha e o mundo seria bem melhor para se viver. Elas argumentariam e fechariam grandes acordos, como as líderes mundiais da atualidade têm feito no âmbito governamental, militar, setor privado e ONG’s.

Assisti no Discovery Chanel que um dos maiores Faraós que o Egito conheceu por sua exímia administração de recursos, realização de grandes obras e gestão de pessoas era uma mulher.

Eu assisti um filme de faroeste onde o Xerife visitava uma velha amiga que estava enferma havia alguns meses e ele ficou perplexo ao ver a casa com as plantas mal cuidadas, poeira nos móveis, teias de aranha pelos cantos e tapetes sujos. Então ele soltou uma pérola: “Quando uma mulher adoece, sua casa adoece junto”, demonstrando assim como a salubridade e a manutenção da vida são íntimos ao gênero feminino e quão dependente nós homens somos delas.

Participei de uma tese em Teologia defendendo a importância da mulher para o crescimento da Igreja cristã e do cristianismo de um modo geral. A conclusão foi que se não fosse pelas mulheres da Bíblia tais como Lídia, Marta, Maria mãe de Jesus, Maria Madalena, entre outras tantas que sustentavam e zelavam por Jesus e pelos evangelistas, além de abrirem suas casas para acolher os novos convertidos nos cultos domésticos, dificilmente a Igreja cristã teria atravessado vinte séculos e se tornado uma das maiores religiões do planeta.
A Bíblia diz que na mulher reside o poder de edificar ou destruir o lar quando afirma no livro de Provérbios que “a mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola a destrói com as próprias mãos”.

A história nos conta que as revoluções empreendidas por mulheres sempre foram mais produtivas e proveitosas para toda a humanidade do que as revoluções empreendidas pelos homens, que geralmente acabavam em atrocidades e destruições irreparáveis e grandes prejuízos humanitários e econômicos.

Observando algumas crianças brincando não é difícil perceber que o grupo das meninas está cuidando de seus bebês e preparando o alimento, enquanto os garotos disputam quem tem a espada mais poderosa, o carro mais veloz ou quem cospe mais longe. Quem você pensa ter mais futuro em um Estado democrático de sistema capitalista? Quem tem espírito cooperativo nato como as meninas ou quem tem espírito competitivo e territorial como os meninos? Quem sabe lidar com pessoas e aprendeu administrar conflitos ou quem corre mais e sabe cuspir mais longe? Não tenho medo de afirmar que à mulher pertence o futuro.

Lembrei-me da história de Mary Silver (1946) contada por Bonney Sheperd: Mary foi ameaçada de morte pelo marido alcoólatra e privada de ver seus quatro filhos caso voltasse a entrar na casa onde viveu aterrorizada por aproximadamente oito anos. Seu esposo disse que mataria os filhos um a um em cada tentativa de retorno dela. Mary que equivocadamente se achava fraca e impotente decidiu ir embora apenas com a roupa do corpo para não ver seus filhos mortos. Dotada de habilidades matemáticas tornou-se contadora de uma grande empresa. Tempos depois comprou uma casa e retomou a guarda de seus filhos, tornado-se exemplo para muitas mulheres “mães solteiras” de sua época e símbolo do que seria a mulher moderna: Mais batalhadora e menos dependente.

Se você é mulher e tem um grande problema a administrar, então as estatísticas e a história dizem que você tem tudo para transformar este problema em uma grande oportunidade de vitória, aprendizado e exemplo para si e para outras pessoas, inclusive mulheres.

Um homem para se tornar grande precisa de uma grande mulher ao seu lado, mas uma mulher para se tornar grande só precisa manter a sua fé em Deus e acreditar em si mesma. Lembre-se que há muito se ouve: “Ao lado de um grande homem há sempre uma grande mulher”, nunca o contrário.

Como sou grato às mulheres da minha vida: minha mãe, esposa, filhas, irmã, tias, primas, amigas, professoras, alunas e você leitora de minhas singelas mensagens. Como sou grato a você que tanto me incentiva e me motiva com seu retorno contendo palavras de apreço e valorização de meu trabalho. Como é bom atravessar a madrugada escrevendo algumas verdades sobre você, sabendo que irá ler logo pela manhã quando abrir seu e-mail. Eu sou muito grato a você, pois sua força e sensibilidade me dão ânimo para continuar fazendo o que faço, cada vez melhor.

Se você é mulher e eventualmente duvida de sua força, saiba que uma das mais célebres primeira-dama dos Estados Unidos, Eleanor Roosevelt, afirmou: “As mulheres são como saquinhos de chá: não se sabe sua força até serem jogadas em água quente”.
Portanto, aproveite a água quente para conhecer e mostrar a sua genuína força, pois superar desafios e dar a volta por cima é o seu natural, acredite!

Cartilha sobre burnout em professores. Distribua!

Qual assunto te interessa mais?